quarta-feira, 28 de setembro de 2005

Um monumental tralho!

Ontem foi um dia grande para a comédia regional portuguesa. Não, eu não estive a ouvir as rádios locais nem a ver os malucos do riso…
Estava eu muito descansado na minha loja a preparar um orçamento, quando ouço um dos vizinhos tuning aqui da loja a chegar na sua Zundap-Famel a fazer um cagaçal monumental, quase a deitar árvores abaixo tal era o barulho. O moço fez o que faz sempre, que é chegar aqui à frente da loja, dar a volta e entrar pelo portão de casa dele a alta velocidade.
Mas desta vez ele teve duas coisas inesperadas. A primeira eram os colegas tuning dele a assistir e a segunda era o portão de casa fechado.
Ora, o moço dá a volta, apanha balanço e para impressionar os amigos acelera muito mais do que é normal, parece que até vi as rodas a derrapar, vai embestado na direcção do portão a contar que ele estivesse aberto, marra ferozmente com a roda da frente do veículo no portão e num acto de malabarismo, equilibrismo e outro ismo qualquer, sai disparado da mota, embatendo violentamente com a cornadura no portão e logo depois no chão, mas não sem antes apanhar com a motorizada em cima.
Os amigos, riam que nem doidos e o moço não é de meias medidas, não satisfeito com a mocada que mandou no portão, chega-se novamente perto dele e manda-lhe três farfalhudos e sonoros pontapés que acabaram por rebentar a fechadura e abrir o desgraçado do portão…
Depois restou-lhe apenas, com a pouca dignidade que ainda lhe sobrava, pegar na motorizada enquanto dizia algumas asneiras e entrar para o pátio da casa, ainda incrédulo.
Coisas bonitas e selvagens que a arte do motorratísmo obriga… fiquem bem que eu vou ali lubrificar a corrente e puxar o lustro ao meu capacete.
Abraços e beijos a quem de direito…

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

"Pá tropa, p'la guarita!"

Ok, há qualquer coisa que me está a escapar…
Estava ali na cozinha a tomar o meu café e começo a ouvir gritos histéricos e gemidos de choro… Pensei que tinha sido uma moça que por azar ou obra do destino, tivesse trilhado os respectivos pertences, num acto de contorcionismo bem rebuscado, num qualquer fecho eclair…
Afinal não era… era um programa… quer dizer… era uma coisa estranha… um… aquilo era a tropa, mas com abixanados…
O conceito daquilo já era estranho por si só, mas depois acharam que ainda podia melhorar se colocassem naquele quartel figuras conhecidas do jet 7 e dinossauros… Eu não sei se as pessoas são convidadas aleatoriamente através de escolha casual por um computador com uma base de dados das pessoas do jet 7 e outras que já fizeram parte do mundo artístico à mais ou menos 400 anos atrás.
No lote das personagens, inclui-se o homem da guarita, o que está em todas por trás, o gajo das armas, paus e do cabelo rapado, o Telmo do Big Brother, depois temos a personagem Rambo, interpretada pelo brasileiro, bombeiro e rei da mangueirada: Frota. Agora que dei o exemplo de dois soldados de destaque, gajos que falam grosso e têm a mania que são o tarzan, começa a descambar, uns modelos, uns cantores e outras coisas desse estilo… E por fim, as duas personagens que claramente foram enganadas e estão no programa por engano: A Valentina Torres e o José Castelo Branco.
O que raio é que estes dois estão lá a fazer? No meu tempo, tropa era para meter o pessoal na linha e fazer cumprir a ordem e impor disciplina… Estes dois, estão inequivocamente a fazer o contrário. A Valentina acha que ela é que manda naquilo e está-se nas tintas para se aquilo é um programa supostamente militar ou se é um reality show sobre pratos de culinária, para ela é exactamente o mesmo. E depois o comportamento dela é tão estranho que os supostos militares a sério devem sentir-se constrangidos e como a senhora já é velhinha, tem uns 246 anos, não a levam muito a sério…
Depois há a figurinha do momento, o Castelo Branco… O moço(a) deve sentir-se abusado e nos 5 minutos que presenciei, ele chorou umas 10 vezes… Umas porque não queria dobrar a roupa, outras porque estava farto de estar em pé, e umas porque o instrutor falava muito alto…
Enfim… aquilo não era suposto ser tipo tropa? Então se sim, se um recruta levanta a crista como todos eles fazem, era logo pô-lo a inchar flexões até as unhas lhe crescerem ao contrário e os joelhos virarem para o outro lado, isso sim era tropa… Mas havia de ser com todos os concorrentes… Ainda queria ver a Valentina a fazer flexões… deve deitar-se em cima da barriga e depois balançar como se fosse uma cadeira de baloiço.
O Castelo Branco devia fazer flexões virado de barriga para cima e a levantar e baixar os braços enquanto dava gritos histéricos e chamava “bicha militar” a todos…
A juntar ao “Senhora Dona Lady” e ao “Esquadrão G” deviam fazer o “Dentro da Política”, uma ideia pioneira para um programa tipo reality show, em que as estrelas eram políticos e enfiava-se-lhes câmaras de filmas pelo ânus a cima, e assistia-se à sua vida rectal, durante dois meses de campanha eleitoral, os apertos de mão, os encontrões, os berros e os apalpões… Depois no final do concurso, metiam-se todos os políticos dentro do estádio do Dragão, regava-se bem com gasolina e depois alguém mandava um fósforo para lá, só para animar a malta…
Ao que nós chegamos… enfim…
Abraços e beijos a quem de direito…

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

GOLOOOOOOO!

Está mais que na altura de trazer à baila um assunto delicado relacionado com futebol. Eu acho e tenho visto muitas provas de que o futebol é um desporto abixanado.
E vocês chamam-me maluco e perguntam-me porquê… Vá, perguntem…
Ok, eu digo. Já repararam no que acontece quando um jogador marca um golo? Imediatamente um grupo de outros jogadores, adeptos ou técnicos vai a correr ao seu encontro, mandam-se para cima do rapaz, apalpam-no, beliscam-no, abraçam-no e falam tão perto da sua boca, que é como se o estivessem a beijar.
Agora pergunto eu: para um desporto que é supostamente de machos, cheio de corrupção e dinheiro para árbitros e afins, porque é que a malta festeja golos assim? Mas é que são todos. Uns passam para um nível diferente, e quando marcam um golo, mandam-se pelo chão adiante e depois esperam que os restantes 1o jogadores lhes caiam em cima, todos ao mesmo tempo… coisa abixanada…
A malta do ténis, cumprimenta-se e felicita-se com um aperto de mão, ou simplesmente com o chamado low5. A malta do hóquei manda com os tacos nos capacetes. A malta do vólei troca o chamado high5. A malta do futebol, apalpa-se e esfrega-se… Tonhós!
Se quisessem festejar com comportamentos dignos de um homem, quando marcassem golo fariam uma ou alguma das seguintes coisas:
- Gritavam bem alto para todos ouvir enquanto agarravam ferozmente nos testículos (nos próprios) – “Tomem lá coirões!”
- Cuspiam para o chão e coçavam a micose.
- Iam apalpar as moças ucranianas que eram contratadas para serem apalpadas durante os jogos, e coçavam a micose.
- Mandavam grandes cachaços uns aos outros, bem como alguns pontapés nos testículos, e coçavam a micose.
- Corriam pelo campo, e gritavam bem alto – “Vai buscá-la…” – enquanto batiam com os punhos fechados no peito, qual tarzan do relvado e coçavam a micose.
- Mandava três mortais para a frente, dois para trás, duas duplas patadas no ar e por fim posava para a fotografia fazendo um esgar de sofrimento à Rockie Balboa enquanto gritava GOLO e coçava a micose.
- Puxava um grande escarro, mesmo daqueles das entranhas e cuspia para o ar, formando a palavra “GOLO”, enquanto coçava a micose.
- Simplesmente coçava a micose…
Agora sejam homens, portem-se como homens!
Abraços e beijos a quem de direito…

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Lojas de animais: Para quando a mudança?!

“Queria meio quilo de alpista para os canários, um piriquito amarelo e aquela vaca que está ali na jaula número três se faz favor…”
Eu acho que está mais que na hora das lojas de animais assumirem o seu verdadeiro papel. Têm a mania dos animais exóticos e mais não sei o quê, e os animais com que mais convivemos ficam esquecidos.
É tradicional que nestas lojas encontremos comidas e acessórios para alguns bichos, e naturalmente, acabamos por encontrar também alguns dos bichos, como cães, gatos, passarada, algumas cobras e lagartos, peixes e pouco mais.
Mas então e quem quiser comprar uma vaca, um porco, uma galinha ou simplesmente um caracol? Hã? Se estamos a falar de lojas de animais, porque descriminam? Eu achava interessante era uma pessoa ir ao centro comercial, dirigir-se à loja de animais e pedir: “Olhe se faz favor, dê-me três galinhas e um peru. Já agora, embrulhe-me também aquele porco…”. E saia da lá com uma carrada de bicharada pela mão, e pronto, ia fazer o resto das compras.
Em vez de virem as empregadas da Zara com um saco na mão a chamar pelas pessoas, porque estas se esquecem das sacas na loja, vinham com uma vaca pela mão, enquanto a vaca largava umas poias pela galeria do centro comercial e vinham entregar à pessoa que se esquecera lá do animal.
Este sim seria o papel correcto das lojas de animais. As que não mudassem a sua gama de bichos, deviam mudar o seu nome para “Loja de alguns animais, mas poucos”.
Podiam sempre fazer promoções de galinhas, ou a noite da pocilga aberta, com animais a preço de saldo. E por falar em saldos… Alguém alguma vez viu uma loja de animais a fazer saldos? Eu acho que é mais uma grande falha… grande…
Abraços e beijos a quem de direito…

terça-feira, 13 de setembro de 2005

Bolsa de valores…

Alguém já viu uma sessão da bolsa de valores de Nova York? Alguém me pode explicar o que é aquilo?
Para quem não viu ou não se está a lembrar do que eu estou a falar, eu passo a explicar mais ou menos como aquilo funciona.
Juntam-se mais ou menos 300000 pessoas num edifício todo futurista e umas (a que eu gosto de chamar tratadores) sobem para uns palanques, armadas de telefones e blocos de papel, enquanto que outras (que eu gosto de chamar de bestas) vão para uma parte mais abaixo, tipo arena, onde se amontoam a olhar para cima, à espera que seja dado o sinal de partida para começarem a lutar.
Quando é dado o sinal de abertura da bolsa, as pessoas transformam-se todas em animais ferozes, capazes de devorar tudo o que lhes apareça à frente, e desatam aos gritos que supostamente os tratadores entendem e que mais ninguém no universo consegue decifrar. Com estes gritos, gemidos e arfares, acabam por conseguir ganhar ou perder dinheiro, conforme seja a qualidade do arraial.
Eu tenho ideia que não interessa o que quer que seja que eles digam, na verdade a única coisa que conta é gesticular e fazer esgares de dor, sofrimento e ameaça e pronto. Negócios são feitos por entre saliva, pontapés e gases, tudo ao som de milhares de computadores a processar, máquinas a calcular, papeis a rasgar e pessoas a copular (sim, porque eu imagino que com tamanha distracção, haja pessoas que aproveitem para fazer aquilo que normalmente se designa como: o sexo).
Ora bem, a esta altura, temos pessoas na arena a desgrenharem-se, aos gritos e a agredirem-se, temos também os tratadores a receber cuspidelas e bolas de papeis vindos de baixo enquanto falam com 32 pessoas ao telefone e tomam nota dos comentários de 746 das bestas que tentam negociar com as suas acções e os seus barris de petróleo. Temos também algumas pessoas que só vão lá para se entreter e ver o espectáculo, que são normalmente os grandes corporativistas e donos das empresas cotadas, e resta apenas referir as inúmeras outras pessoas que estão no edifício a praticar o anteriormente referido: sexo.
No final do dia, toca uma campainha, e parece que as pessoas passaram por um exorcismo total, porque nada daquilo que fizeram durante o dia, nenhuma das 46 pessoas que mataram interessa, porque passam a comportar-se como pessoas normalíssimas como se nada se tivesse passado e vão mesmo jantar com os colegas de trabalho a quem deram cotoveladas, facadas e pontapés, e outros voltam para suas casas, com as suas mulheres que passaram o dia a ter relações sexuais com os chefes, nos pisos superiores, dizendo um ao outro que o dia tinha sido chato e cansativo e tal… depois surge aquela coisa da dor de cabeça e não sei quê, e pronto, vão dormir.
E assim é um dia no mercado de valores de Nova York...
Como acham que é nos restantes países? Como será cá em Portugal?
Abraços e beijos a quem de direito…

sexta-feira, 9 de setembro de 2005

O que raio há com as pessoas e as implosões?

Eu não percebo… eu nunca vi ninguém a convidar dezenas de individualidades e malta que não tem o que fazer para ficarem meses e meses a olhar para um prédio enquanto o mesmo é construído! É que nunca vi, vocês já viram? No entanto, marcam uma implosão e pronto, lá está a malta toda, ávida de destruição e pronta para deitar tudo abaixo! TUDO!
Num instante passamos de um país inteiro mergulhado na miséria e na depressão para um bando de apaixonados pela destruição e o exibicionismo!
Tenho a sensação que se no passado dia 8 de Setembro no fim de deitarem os edifícios da Torre Alta a baixo distribuíssem baldes, pás e luvas para a malta ajudar a limpar o entulho, havia de haver pessoas a correr e a gritar como o diabo foge da cruz, e tenho mesmo a impressão que há frente na fuga iriam certamente os membros de forças políticas liderados, obviamente pelo actual primeiro ministro.
Eu há uns tempos atrás andei a deitar abaixo um antigo palheiro, ainda da época dos meus avós, e não apareceu ninguém a ajudar e a fazer uma festa. No entanto estavam lá pessoas a ver, a assistir ao espectáculo! Está certo que não teve direito a explosivos, nem a cobertura mediática, mas foi uma implosão à mesma! Em vez de 95 kg de explosivos, apenas houve dois homens a puxar pelas paredes até as deitar abaixo… e eu pergunto, onde estava a cobertura em directo pelos três canais generalistas portugueses, e os programas de rádio à volta do tema?
Enfim…
Só por curiosidade… hammm… o país esteve a arder, houve destruição, mortes e casas ardidas não foi? Eu acho que isto não é imaginação minha… bom, houve este dramatismo todo, e o senhor Sócrates esteve sempre de férias sem dar satisfações nenhumas ao povo, e agora que há apenas a demolição de um edifício para fins de construção imobiliária e o senhor já aparece todo contente e mais, prontifica-se a ser ele a rebentar com aquilo tudo. Que fixe, estamos em Portugal!
Agora que já fiz um pouco de escárnio político e social, vou ali colocar umas cargas explosivas na sanita e depois premir o botão e assistir à sua implosão. Será que vai aparecer a televisão?
Abraços e beijos a quem de direito e aos senhores que implodem coisas…

terça-feira, 6 de setembro de 2005

Aperta, aperta com ela! (Versão carrinha de pão)

Olá a todos. Hoje resolvi transcrever para o meu blog uma canção mundialmente conhecida, mas na sua versão bimba. Certamente que alguns de vocês não sabem do que estou a falar, mas aposto que alguém saberá... ou não...
"Ainda te lembras Norberto como tudo começou
se te esqueceste nós não;
O vosso primeiro cachaço, o primeiro tabefe, o primeiro beliscão.
Alguém pagou o jantar e a seguir o olhar
Ficou na esperança de ser
Apenas o começar, daquela que s'ia tornar
A história de uma paixão.

E toda a malta gritou, até o Tico ladrou
Aperta, aperta com ela!
A máquina a disparar e a Susana a gritar
Aperta, aperta com ela!
Depois foram dançar, olha só que lindo par
Aperta, aperta com ela!
Nós apertamos depois, olhem só p'ra eles dois
Numa carrinha de pão.

Com o seu orgão na mão, e o ar de garanhão
Pr'a impressionar a amada.
Ela sempre a curtir, mas sem admitir
Soltava uma gargalhada.
Um dia ele disse assim:
«Se tu gostas de mim, então vamos casar.»
E agora aqui estão,
Os dois com um copo na mão
Neste dia de Verão"

E pronto, para quem sabe o que isto é, cantem, para quem não sabe... paciência, é uma private joke.
Abraços e beijos a quem de direito...