sexta-feira, 21 de outubro de 2005

Carta ao Pai Natal

Isto é preciso começar a preparar o Natal. O Andrézinho já começou. Já só faltam uns meses e da outra vez... bem ele explica na carta. Achei interessante. Foi um bocado injusto o que lhe deram o Ânus passado.
De: Andrézinho
Para: Pai Natal

"Querido Pai Natal,

Chamo-me André e tenho 6 anos. Neste Natal eu queria um presente muito especial. Eu queria que em todo o mundo houvesse Paz e Amor, mas sei bem que isso é impossível de realizar... Pelo menos aqui no meu prédio. Sempre que a vizinha do 5.º Dto. faz amor, não há paz na vizinhança. Principalmente quando o marido sai em viagem de negócios. Nesses dias, se calhar a televisão dela fica avariada, porque está sempre a passar aquele anúncio do shampoo Herbal Essences "Ò ... sim, sim ... siiiim". Bem! Como a Paz e o Amor estão riscados da lista, vou ter que optar pelos bens materiais, coisa que eu não queria nada... Para começar, eu queria que este ano a minha prenda de Natal fosse um brinquedo muito divertido que vi na televisão. Não, não é nenhuma daquelas mariquices dos Action Man, Homem Aranha ou tartarugas Ninja. O que eu queria mesmo era uma coisa que vi ontem no Telejornal! Pai Natal, eu queria muito que me trouxesses um brinquedo que se chama RPG 7, que é um lança-granadas igualzinho aqueles que os terroristas usam para rebentar com os americanos no Iraque. Mas preciso muito que me entregues o brinquedo já este fim-de-semana para eu fazer uma surpresa aos meus coleguinhas lá da escola. Eles vão estar todos numa festa de Natal, em casa do Henrique, que é filho de um grande empresário têxtil, que não paga salários há 3 meses, contrata capangas para dar porrada nos sindicalistas e tem uma amante no prédio onde mora a minha avó. Todos os coleguinhas da minha sala foram convidados para a festa menos eu, porque o Henrique diz que o meu pai é teso e as minhas roupas parece que foram compradas na Feira de Carcavelos, em segunda mão, aos ciganos. Eu sei que desfazer os coleguinhas da 1.ª classe com tiros de bazuca não é uma coisa muito bonita. Mas no ano passado fartei-me de fazer boas acções e a prenda que me trouxeste foi a porcaria de um carro telecomandado comprado aos montes, que se avariou logo no primeiro dia. Bem, pelo menos sempre deu para aproveitar as pilhas para o vibrador da minha mãe! E por falar na minha mãe, neste Natal queria que ela tivesse uma prenda muito bonita... pelo que percebi, ela precisa muito de uma padaria mesmo aqui à porta do prédio, porque há mais de um mês que não vê o padeiro pelo menos foi isso que ela contou no outro dia, quando estava ao telemóvel com um amiguinho que se chama Robertão. Realmente, a minha mãezinha deve ter muita fome, porque depois começou a dizer ao amiguinho que lhe vai morder o cacete e, a seguir, vai pô-lo a aquecer na fornalha dela até ele ficar grande... o que acho esquisito, porque eu aprendi na escola que, sem fermento o cacete não cresce! Quanto ao meu pai, a prenda dele é uma daquelas máquinas que vendem Tabaco nos cafés... é para ter cá em casa porque sempre que o meu pai sai à Noite para comprar tabaco só volta no dia seguinte. Quando chega a casa diz que correu os cafés todos da zona e só conseguiu encontrar a marca de cigarros que ele fuma em Bragança, na boite A Bruxa. É engraçado! A minha mãe diz que ele vai a Bragança à procura da brasileira, mas que eu saiba isso não é uma marca de cigarros... é uma marca de café! Depois a minha mãe começa a falar em marcas de batom na camisa e aí é que eu fico sem perceber nada! Olha, mas se não arranjares a máquina, tenta ao menos passar pelo Ribatejo e trazer um par de cornos. Pelo menos a minha mãe está sempre a dizer que era disso que ele precisava. Para o meu irmão queria uma coisa mais simples. Basta trazeres umas roupinhas modernas, dessas que os adolescentes usam. Pelo que percebi, ele não deve gostar nada das roupas que os meus pais lhe compram, porque todas as noites, quando sai com os amigos, leva os vestidos da minha mãe. Diz o meu tio Zé que até dá pena ver o meu mano ali na zona do Parque Eduardo VII, com as perninhas ao frio e com aquelas botas altas tão desconfortáveis. Devem doer-lhe muito os pés porque leva a noite inteira a pedir boleia aos carros que passam... E pronto, acho que já está tudo! Agora vê lá, não te esqueças de nada, se não sou bem capaz de fazer um telefonema anónimo a uma certa jornalista do Expresso a contar um episódio engraçado que me aconteceu no ano passado, quando te fui visitar ali a um Shopping, no Saldanha. Ela vai gostar muito de saber que, quando eu estava no teu colo, aproveitaste para me apalpar o rabo e convidares-me para brincar aos trenós e aos comboios na tua casa, em Elvas! É claro que ambos sabemos que isso não foi verdade! O que aconteceu realmente foi que te apanhei a fumar droga e a veres revistas pornográficas na casa de banho, mas sabes como é a memória das crianças... vemos muitos desenhos animados e, por isso, estamos sempre a confundir as coisas. E convenhamos que o nome "Bibi da Lapónia" te assenta como uma luva. Por isso, ou me trazes as prendas todas que te pedi ou é bom que comeces a procurar um bom advogado. E não te esqueças de comprar muitas embalagens de gel de banho. É que ali na prisão de Custóias dizem que é perigoso tomar duche com sabonete... quando ele cai ao chão se te baixares para o apanhar corres o risco de... ui... que até dói... Pelo menos é garantido que vais ter um Bom Natal e um Feliz Ânus Novo!

Beijinhos, Andrézinho"

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Fobias - Parte I

Depois de uns dias sem escrever, cá estou para recuperar os posts perdidos.
Estava eu a pensar sobre o que poderia escrever, quando de repente me deu um ataque de grafofobia e eu lembrei-me que era giro escrever sobre algumas que eu considero as fobias mais… hammm… mais… estranhas que alguém pode sofrer. Para os que se questionam, grafofobia não é medo de garfos, mas é o medo de escrever e era só para introduzir o tema. Eu não tenho medo de escrever, a menos que seja com uma caneta pejada de lâminas de barbear e embebida em álcool etílico. Isso sim, provoca medo e dor, muita dor… argh…
Na extensa lista que a medicina criou para nos guiar, eu apenas vou enumerar algumas começadas pela letra A, e acho que estas coisas são notoriamente fobias de pessoas com demasiado tempo livre nas mãos.
Então cá vai:
Ablutofobia – podia muito bem ser o medo por ablutos, mas ninguém sabe o que é um abluto. Eu ainda fui lá fora chamar “Abluto, anda cá bicho”, mas nenhum apareceu. A Ablutofobia é o mal sofrido pelos técnicos de acondicionamento de veículos, vulgarmente conhecidos por arrumadores, ou pelas pessoas que sendo amigas do ambiente decidem que a água é um bem demasiado essencial e têm medo de se lavar ou de tomar banho… Enfim… medo de se lavar ou tomar banho… se houver uma coisa contraria a isto, então eu tenho essa patologia… um dia sem banho não é um dia…
Agyrofobia – Eu sei quem foi que criou esta. Foram gatos e cães… É que o que eles fazem pior é atravessar estradas. Inclusive os gatos desenvolveram um mecanismo que os obriga a atravessar a rua quando vêem um carro… Bom, mas para vos esclarecer, a agyrofobia é o medo de estradas e de as atravessar…
Alliumfobia – Pode parecer um nome estranho, mas muita gente sofre disto. O mais conhecido é o Conde Drácula, embora seja do conhecimento global que muitos casais sofrem desta fobia, porque se o homem come um alho de que forma for, é certo e sabido que terá que manter a distância da sua parceira, e nem a desculpa de que é quinta-feira, dia de fazer meninos os vai aproximar, pelo menos até o hálito ir embora. A alliumfobia é o medo de alhos…
Allodoxafobia – O medo mais comum da população portuguesa. Esta cientificamente provado que a taxa de contaminação desta patologia no ambiente político é de 100%. Estou obviamente a falar do medo de opiniões… Já agora, gostava da vossa opinião acerca do seguinte: Os políticos são-no porque querem ou alguém os obriga?
Amnesiofobia – Eu assumo que tenho medo desta patologia, o medo da amnésia, só não me lembro porquê…
Androfobia – Medo de homens. Ora bem, se eu vir um bando de marmanjos com pedras e paus a correr para mim, para me bater, eu vou ter medo deles, muito medo. Ou então se vir um grupo abixanado a caminhar pela rua, sou bem capaz de atravessar a rua para o lado contrário. Disso há que ter medo, muito medo… Agora, medo de um homem só por si? Hein?
Anglofobia – Medo de Inglaterra ou da cultura inglesa. Alguém já ouviu falar de uma coisa mais estúpida que esta?
Arachibutyfobia – Tenho mais dificuldades em dizer a palavra do que em achá-la bem estúpida… Medo de ter manteiga de amendoim colada ao céu-da-boca. Não tenho dúvidas em afirmar que isto foi criado por americanos no momento em que estavam a tentar obrigar um elefante cor-de-rosa a saltar à corda… lembraram-se… às vezes os cães sofrem disso, ficam com a comida nos dentes e no céu da boca… coitados…
Aritmofobia – Eu bem sabia que os três anos que eu demorei a fazer Matemática 1 na faculdade tinham uma justificação. Aritmofobia, o medo dos números! Nhiá ah ah! Eles andam aí…
Atomosofobia – Medo de explosões atómicas… acontece de vez em quando as pessoas sentirem-se acagaçadas com uma coisa destrutora como é uma explosão atómica… Vá-se lá saber porquê…
Aulofobia – Não, não é o medo de aulas. Digamos que, se o Rão Kyao viesse desembestado a correr na minha direcção e eu sofresse dessa fobia, eu ia fugir dele como o diabo da cruz. Nunca mais me viam. Este é o medo de flautas. Eu até o compreendo, afinal de contas uma flauta arremessada com toda a força directamente às ventas d’um gajo é coisa para doer ou vazar uma vista.

terça-feira, 11 de outubro de 2005

Portugal, o país deprimido.

Não é possível que o nosso país seja assim tão desinteressante, até mesmo para um furacão… mas como é que é possível?!
Todos ouviram certamente as notícias alarmistas que um furacão ameaçador e destrutivo, no seu grau máximo de força, se dirigia para este nosso belo e relaxado país. Pois surge agora a confirmação de que afinal a ameaça não só reduziu o seu poder destrutivo baixando toda a escala de classificação, passando por tempestade tropical e acabando numa suave e molenga brisa…
Como é que é possível? Não somos nós dignos de ser fustigados por furacões e tempestades?
A verdade é que não se trata de dignidade, fontes próximas do furacão informam que devido à constante depressão da população em geral, o furacão perdeu o interesse total em nos desbastar e atormentar.
Parece que já estou a ver o furacão: “Ah e tal, estou aqui sem fazer nada, vou ali num instante rebentar com aqueles monhés daquele país. Hey, monhés, vou-vos desfazer a todos e tal! Nhiá ah ah!” (Para aqueles que se questionam, os furacões chamam-nos monhés e têm risos maléficos)
Ao que Portugal respondeu: “Pois… e tal… está bem… desde que não chateies muito… E faz pouco barulho se faz favor…”
Ao início, veio a força destruidora directa ao país, mas depois como viu que ninguém estava preocupado com isso, andavam todos com bandeirinhas laranjas e vermelhas e azuis e amarelas e foices e preservativos no ar a brincar às eleições e sentiu-se desmotivada e começou também a ficar deprimida, e depressa se dissipou passando de furacão, para furaquinho e depois para tempestade tropical.
Ainda assim, o tal Vince manteve alguma esperança, mas quando chegou mesmo perto do continente e viu que algumas pessoas nem guarda-chuva traziam ficou ainda mais deprimido que os Portugueses e transformou-se numa brisa.
Enfim… a vida difícil de um furacão…
Eu só acho que se somos assim com os furacões, imaginem com os turístas...
Abraços e beijos a quem não está deprimido. Para os deprimidos, vai uma palmadinha nas costas…

Jesus também fala comigo...

Este tema tem já algum tempo no entanto achei que seria pertinente a sua abordagem. É engraçado como podem existir ideias tão parecidas. O texto não é meu, mas...

"A Alexandra Solnado passou-me à frente. Não só já editou o livro dela, “Este Jesus Cristo Que Vos Fala”, como o próprio filho de Deus já lhe está a ditar o segundo. Ora, isto é chato, uma vez que também eu tenho, quase a rebentar no prelo, um livro em que relato conversas que mantenho com o Messias. Vai-se chamar "Diário de um Gajo Morto Há Dois Mil Anos"
Fiquei lixado quando descobri que Jesus também ditava a outras pessoas. Mas perdoo-lhe. Acho que é daquelas pessoas que gostam muito de conversar. O que não perdoo é as alcunhas que Ele dá: a Alexandra Solnado é uma querida Cabrita, enquanto que eu sou o Zé Merdas.
Acho que o meu livro, no entanto, tem uma mais valia que falta ao da Alexandra. Se, no geral, abarcam os dois temas similares, com Jesus a dar respostas a questões complicadas como a Santíssima Trindade, o Juízo Final, para que serve o FMI, como funciona, etc, já a minha obra vale-se pela atenção que eu dou a promenorzinhos deliciosos.
No livro desvendo o gosto que Jesus Cristo tem pela Água das Pedras – “do melhor do mundo, Zé Merdas!” – e pela Mini da Sagres – “a da Super Bock não é uma mini, Zé Merdas, é uma média de gaja!” – assim como outras confidências. Por falar em confidências, estou à vontade para dizer que Jesus não contou o terceiro segredo de Fátima à Alexandra Solnado. O que se passou foi que, como ele próprio disse: “a gaja não parava de perguntar e eu inventei qualquer coisa. Claro que não ia contar a verdade, até porque, como sabes, nunca fui chibo, mas se não lhe dissesse nada, a gaja não se calava”.
A pedra de toque no meu livro são as conversas paralelas que íamos tendo. Pequenas aguarelas em forma de diálogo, que pontuavam os nossos dias e que dão uma imagem mais descontraída desse Homem que sempre nos habituámos a ver como um menino do Papá. Está lá tudo.
“JC – Ó Zé Merdas, e este cretino do Boloni, hein?
Eu – É fraquinho, é.
(chega empregado com as bebidas)
JC – Ouça lá, eu pedi uma Água das Pedras.
Empregado – Esta é Vidago. É igual.
JC – Não é igual, caraças! Se fosse igual, eu tinha pedido!
Empregado – Eu trago outra. Desculpa.
JC – Desculpa? Mas eu conheço-te de algum lado? Andei contigo na escola?
Eu – Tem calama....
JC – Tem calma é o caralho!
Eu – Não foste tu que disseste, “Quem nunca pecou, que atire a primeira Água das Pedras?” Eh, eh, eh...
JC – Cala a boca, Zé Merdas.”
Não vão encontrar episódios como este no livro da Alexandra Solnado. Por isso comprem o meu. Lanço-o assim que Jesus me disser o que quer que eu faça com o dinheiro. Parece que ia saber de uns cavalos em que vale a pena a gente apostar". ZDQ

segunda-feira, 10 de outubro de 2005

Telemóveis de 4ª geração!

Meus amigos, o futuro não é logo, não é amanhã, não é para a semana e nem sequer é para o ano. Não, o futuro é já!
E porquê? Não sei, mas ouvi isto numa publicidade e achei que era bem começar um post sobre alta tecnologia com esta frase. Foi bem? Não? Ok…
Estou aqui a dedicar uns minutos para vos falar da nova tecnologia de comunicações móveis que está em desenvolvimento o FMDSGRTS mais conhecido como 4ª geração.
A nova geração de telemóveis que irá suportar esta tecnologia vai ser capaz de coisas nunca antes vistas. Um protótipo destes modelos foi já desenvolvido pela Noya, pioneira neste tipo de tecnologia, e tem como principais características pesar apenas 400 gramas e trazer uma bolsa semelhante à dos portáteis para ser transportado com toda a comodidade pelo seu utilizador.
A 4ª geração oferece numa só chamada o poder da transmissão de voz, o envio de vídeo, a transmissão de temperatura e a irradiação do cheiro entre interlocutores. Assim sendo, o utilizador deste tipo de serviço, vai poder ouvir, ver, sentir e cheirar a pessoa que lhe está a ligar, bem como todas as características do ambiente envolvente.
Este serviço já foi testado em pocilgas, lixeiras e transportes públicos e os intervenientes, depois de terem sido reanimados no hospital afirmam que realmente é uma experiência revolucionária.
Os experts desta tecnologia alertam no entanto para alguns cuidados a ter como o de não atender o telefone no quarto de banho, sob pena de que as pessoas quando nos virem na rua, atravessem para o outro lado.
Resumindo: A tecnologia coloca-nos no futuro, no limar da evolução. Não faltará muito para as chamadas de voz, imagem, temperatura e cheiro serem comuns.
Deixaremos de atender o telemóvel com o célebre: “Tou sim” para atendermos com um potente e audível: “Fodasse feioso, cheiras mal como o raio e esse calor ainda piora tudo, o que é que queres?”
Enfim… modernices…
Abraços e beijos a quem de direito… menos aos que usam 4ª geração… pode ser perigoso…

sexta-feira, 7 de outubro de 2005

Môzinho??

Reza uma lenda local que uma rapariga amava muito o namorado e que um dia o moço fugiu sem explicação.
Consta-se também que a moça pirou da cabeça e que não joga com o baralho todo.
Até aqui tudo bem, são coisas que acontecem com alguma frequência...
Eu posso testemunhar até esta última parte porque realmente uma moça que mora perto da minha loja, adequa-se perfeitamente à descrição. O que a lenda não contava era que a moça passa as tardes a chamar pelo tal moço, ou algo que se pareça.
Isto é de levar qualquer um à loucura... anda a moça por aí sempre a gritar (e peço desculpa se não são exactamente estas as palavras, mas é o que eu entendo): "môzinho... môzinho... oh môzinho..." e outras coisas que, essas sim, eu não entendo.
Dias e dias, sempre a ouvir isto e a malta começa a ficar irritada. É que a entoação que ela dá ao pregão é sempre a mesma, sempre da mesma forma e algumas vezes com uma periodicidade tão rítmica que parece uma gravação riscada…
Mas a gota de água é que a moça veio sentar-se com a vizinhança na conversa mesmo a escassos metros da porta do meu estabelecimento, o que me está a causar um stress desgraçado…
Vocês não estão mesmo a ver a situação, ela está a falar com as pessoas e no meio das frases diz aquilo… Dá-me vontade de me mandar para o chão a ter convulsões… isto chateia-me ainda mais que o cão do meu vizinho!
Já pensei em ir lá fora ajudá-la a chamar pelo gajo a ver se ele aparece rápido para ver se se cala, ou então oferecer-lhe um rolo de “duck tape” para ela se amordaçar de tal forma que livre o mundo dos gritos: “Môrzinho… oh môzinho!” (sim, é diferente).
Alguém que tenha a bondade de vir tratar do assunto se faz favor…
Abraços e beijos a quem tenha um colete de forças…

A Flora e Flora Portuguesa.

Hoje vou tentar fazer um post especial “BBSP – Bida bem selvagem portuguesa” (lê-se bê-bê-sê-pê).
O alvo deste post sobre a vida selvagem, é principalmente a flora que abunda actualmente em Portugal e porventura alguns animais que interagem com estas novas espécies.
Depois das campanhas “Um vaso em cada janela”, “Uma flor em cada esquina” e “Plante uma árvore”, surge a surpreendente campanha “Tanto cartaz que até chateia”. Pois é meus amigos, estou obviamente a falar dessa espécie arborícola recentemente plantada em todos os cantos do país, quais ervas daninhas, os placares de campanha autárquica.
Centenas ou milhares de espécimes foram plantados em todos os cantos do país, e quando digo todos, é mesmo em todos. Ainda ontem estava em casa a ver televisão, e quando olhei para o corredor, lá estava um cartaz especado. É incrível!
A sério, que febre é esta dos cartazes nas campanhas políticas? Não basta termos que os aturar na rádio, na televisão, na Internet e nos jornais? Não bastam aqueles panfletos que recebemos em casa com as fotos de todos alinhadinhos e prontos a tomar de assalto as autarquias portuguesas?
Eu não sei que é o responsável pela ideia dos cartazes, mas devia ser empalado com um ferro de 5 cm de diâmetro em brasa. Ainda por cima os cartazes são relativamente semelhantes: Um candidato em pose imponente como se tivesse sido penetrado por via anal com um tronco de eucalipto com os galhos e tudo, sem ser avisado e sem lubrificante. Uns ficam com o ar sorridente, dando a entender que apesar da surpresa sodomizadora, aquilo até é do seu pleno agrado. Outros fazem um ar de sofrimento compenetrado, quase a fugir para o esgar de dor, mas aguentam firmes, pois a campanha depende disso e sacrifícios têm que ser feitos. Outros há ainda que nem sequer disfarçam e ficam na fotografia com aquele ar de “Olhe aí que me enfiou um pau pelo rabo e os ramos estão a rebentar-me todo”. Há ainda outro factor importante para todos eles. É que o diâmetro do objecto fálico que lhes é introduzido no momento da fotografia para o cartaz varia, fazendo com que vários candidatos, apresentando programas de governação semelhantes façam expressões quer de sorriso, quer de sofrimento diferentes.
Bom, fica aqui a minha contribuição autárquica. Espero que tenha contribuído para desfazer alguns tabus criados à volta desta mística da fauna e flora portuguesa que aparece em altura de eleições. Não tenham medo deles, só não se cheguem perto na altura das fotografias não vá o indivíduo que segura o pau enganar-se no candidato e vocês passam a cabeça de lista de um partido qualquer que pode mesmo não ser o vosso.
Abraços e beijos a quem de direito e não se esqueçam de votar, é mesmo muito importante, alguém tem que ir para os tachos chuchar-nos o caroço (bonita frase, não?)...

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

O cão do meu vizinho!

Não, não estou a insultar o meu vizinho, estou a tentar insultar o estúpido do cão que ele tem.
Aliás, não sei se lhe devia sequer chamar cão, estou a correr o risco de estar a insultar todos os restantes bichos da mesma espécie… tirando algumas raças que não deviam ser considerados cães… mas isso é outra história.
Não sei se o cão é esguelado ou se o anfiteatro natural à volta do sítio onde ele está lhe amplia a “voz”, mas o que é certo é que a bicheza ladra alto como o catano. Mas pronto, eu até percebia se ele apenas ladrasse alto, mas ele nem sequer sabe ladrar e depois ladra precisamente quando não tem nada a ver com o assunto. Em vez de cão de guarda é cão sem guarda…
O rafeiro, quando ladra é de uma maneira… digamos… Jamaicana… é quase um (ler com voz arrastada) “ÃO Yaaaa e tal… ÃO e o camandro…”, parece o Alexandre Frota a fazer festas ao Castelo Branco, mas com violência. E depois é uma coisa de tal modo irritante que parece que entra pelos ouvidos dentro, por mais que a vizinhança (e não sou apenas eu que me queixo) tente fazer ouvidor moucos ao assunto, é impossível, parece uma nódoa impregnada no melhor fato de festa, é irritante e desconcertante. Tanto que já me fez ficar bastantes vezes sem dormir.
Mas o que me levou a escrever este post, é a vontade que tenho de amaldiçoar o cão (e perdoem-me os defensores de cães, mas apesar de adorar esses animais, eu tenho mesmo que fazer isto), e para que seja uma coisa valida, vou deixar aqui registado e à vossa consideração as maldições e de qualquer modo se alguém tiver uma ideia sobre modos jeitosos de dar conta dos latidos de um cão, faça favor de as deixar aqui registadas também. Então, cá vai (em jeito de frente a frente):
- Havias de ter desinteria de cada vez que ladrasses até ficares com fraqueza na voz. Não me importava de ouvir uns quantos latidos seguidos do som rasgador de uma farpa lancinante, mas havia de chegar a altura que terias o esfíncter anal tão dorido que não querias ladrar mais!
- Havias de ter instalado na coleira uma buzina de camião com um sensor de latidos, que te havia de enfiar uma buzinadela tão potente, mas tão potente que havias de ficar a ouvir apitos duas semanas seguidas!
- Havia de vir um cometa do espaço a alta velocidade povoado por pulgas radioactivas para te comerem até ao caroço!
- Havias de te sentar em cima de um pau em brasa e depois levavam-te para o Esquadrão G para eles te apertarem bem até ficares com a voz fininha!
- Havia de vir um camião desgovernado e deixar cair 1000000000000000000 toneladas de areia em cima para abafar o som!
Estou cá com um pó aquele cão…
Abraços e beijos a quem de direito e a quem tiver uma solução para este problema que não envolva violência…