sábado, 4 de novembro de 2006

Halloween...

Cá está uma bela invenção dos povos celtas para celebrar o fim do Verão e outras coisas mais, que os irlandeses e a malta desses lados se encarregou de levar para os EUA e uma vez aí, resolveram tornar esta celebração numa espécie de carnaval capitalista.
Os americanos ficaram malucos com isto e deve ser esta a data que mais festejam a seguir ao 4 de Julho. Chamo a isto carnaval capitalista porque eles não se contentaram em ir pelas ruas mascarados de coisas estranhas, eles quiseram fazer algum negócio com isso e por isso resolveram que talvez não fosse má ideia irem a todas as casas e sacar umas coisas. O intuito deles nem seriam as guloseimas, mas com as máscaras a malta não entendia metade do que eles diziam, e resolveram que era melhor despachar esses mascarados com um rebuçadito para ver se se iam embora. A moda pegou e neste momento, temos uns festejos capazes de rivalizar com o carnaval carioca e europeu, só que mais pequenino.
Cá pelos nossos lados, o sonho de alguns é poder vestir as roupas justas das mulheres e andar a pavonear-se um dia inteiro com o fio dental bem engavetado, e depois à noite beber até cair para o lado (talvez mesmo depois de descobrir que se calhar o sucesso não é ser Arnaldo o camionista, mas sim Arnalda, a engolidora do cabaré)... O degredo do carnaval.
No Brasil a táctica deles é diferente, é abanar o capacete dois ou três dias seguidos, e pelo meio fazer bastante sexo com tudo o que se mexer... basicamente, é por isso que as mulheres se passeiam meias despidas por lá, assim poupam tempo e sempre têm a desculpa de que está calor e não sei quê...
Nos Estados Unidos, para não copiarem o tradicional carnaval, tornaram o halloween no seu próprio carnaval... “Ai e não sei quê, e é o momento do ano em que o véu que separa o mundo dos vivos e dos mortos é mais ténue” e vai daí, espetam abóboras em tudo o que é canto, vestem-se como os seus antepassados de à 150 anos atrás, espetam umas facas na cabeça e mais umas coisas giras e aí vão eles para o negócio. “Oh senhora, ou me dá um rebuçado ou vou ter que lhe fazer xixi ali no cando do jardim!”.
E assim vai o mundo nos “países desenvolvidos ou quase”.
Agora se me desculpam, vou ter que ir limpar os muros onde pendurei abóboras, que elas desfizeram-se e ficou tudo desgraçado!
Abraços e beijos a quem de direito...

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Facilito!

Os anúncios para vender coisas fascinam-me! Desde carros, casas, mobiliário, computadores, neste nosso Portugal tudo se vende, e todos são vendedores, o que dá origem a algumas coisas capazes de entreter o comum dos mortais por longas horas.
É por isso que vou reflectir sobre alguns slogans ou palavras-chave que os pseudo-vendedores portugueses usam para suscitar o interesse de potenciais compradores.
Quantas e quantas vezes passo na rua e vejo um pequeno papel que simplesmente diz “Vende-se”. Uma dessas vezes fiquei junto a um carro à espera que ele se vendesse durante 1 hora, mas o raio do carro nem pestanejou. Enfim, mas este é o mais comum e menos problemático.
Um dos que mais me chateia é o “Procuro novo dono”... Isto faz-me lembrar os cães que, descontentes com os actuais donos, resolvem sair de casa, quais jovens adolescentes revoltadas, e procuram um novo dono capaz de os entender. Dá-me vontade de chegar ao pessoal que escreve isto e cola no carro e dar-lhes uma valente mocada na cabeça com um pau de eucalipto...
Depois há os que nem se querem chatear, escrevem um número de telefone num papel e pronto. Nos primeiros tempos, ainda pensei que fosse alguém que se sentisse só e apenas quisesse companhia, carinho... Este pessoal espera que o mundo olhe para eles e para o seu número de telefone e pense imediatamente em comprar, comprar, comprar! Tansos!
E depois há alguns que simplesmente me deixam desconcertado. É o caso do “Facilito” e do “Trato”... mas que raio... o que é que vai na cabeça das pessoas? Estou sempre à espera de ver cartazes deste género nas costas daquelas mulheres que trocam sexo por dinheiro, aquelas que estão na beira da estrada... sei lá, estou sempre à espera de ir a passar na estrada e ver um pequeno cartaz ao lado de uma matrafona a dizer “Facilito” ou “Sucções” ou outras coisas ainda mais atractivas... Haviam de ter sempre o estaminé cheio de clientes! Ou não... de qualquer maneira, nos carros faz-me sempre alguma espécie...
Deixo aqui o réptil a quem está atento a estas coisas, para me deixar aqui informação sobre alguns destes slogans de venda, só para eu saber se há algum que eu não conheça.
Abraços e beijos a quem de direito...