quinta-feira, 10 de abril de 2008

Ripofobia em público

O título pode não corresponder ao que eu queria realmente dizer, mas pronto, serve para chamar a atenção.
Queria falar-vos de uma situação que me aconteceu hoje.
Fui convidado para estar presente numa conferência de apresentação de um produto relacionado com a minha área de trabalho. Chegado ao local, um famoso centro de eventos, reuniões e afins, e como previa uma longa tarde fechado num auditório, dirigi-me ao w.c. local para tratar de "mudar a água às azeitonas".
Chegado lá, estava eu confortavelmente a mictar, quando começo a ouvir sonoros, estrondosos e portentosos gases sendo expelidos do esfíncter de um atrapalhado (isto sou eu a especular) utilizador de uma das "retretes". Ora, é de convir que um "fugitivo" é coisa que pode acontecer, é natural e pronto, agora uma cadeia brutalmente sonora e contínua interrompida apenas por também sonoras e bafurosas respirações, quem sabe uma forma de ganhar mais força para o seguinte, é uma coisa que entre no âmbito do: "Estou-me a desfazer em merda".
Durante segundos, que me pareceram demasiado longos em que o pensamento que mais atravessou a minha cabeça foi "vá lá, acaba depressa", pensando eu na minha bexiga, na tentativa de que fosse mais rápida, o homem lá continuou a sua senta gasosa. Entretanto, as poucas pessoas que ainda estavam no W.C. abandonaram-no (talvez a tentar fugir do terror) e eu tentava abstrair-me da trovoada que acontecia dentro daquelas quatro paredes.
Não sei como descrever ao certo os sons, mas eram os chamados rasgadores, daqueles que se ouvem nos filmes: PRÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ PRÁ PÁ PÁ PRRRRÁÁÁÁ!
Finalmente consegui terminar a minha missão, e muito rapidamente lavei as mãos praguejando às torneiras automáticas que eu nunca consigo ligar eficazmente, passando por tonto ao abanar freneticamente a mão em frente aos sensores...
Segundos depois o meu pesadelo tinha acabado e eu saía alegremente pela porta, não sem antes ouvir um outro trovão rectal daqueles que até faz tremer as "nalgas".
Corri para o meu auditório e dediquei o meu tempo lá a convencer-me que nenhum dos participantes da conferência era o respeitado e incógnito senhor dos peidos, o verdadeiro lançador de gases... Que orgulho seria... desde que fosse no recatado w.c. do lar, onde não há mais 10 pessoas a apreciar a serenata...
É por isto que fujo de casas de banho públicas, para fazer a necessidade número dois (o que eu chamo ao acto de defecar), para que ninguém tenha que assistir a concertos deste género.
Abraços e beijos a quem de direito... menos ao senhor dos peidos... a esse mando um rolo de papel higiénico...