sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Coisas verdadeiramente embaraçosas...

Parece-me que será este o momento de reflectir sobre os momentos "awkward":

Cá vão alguns exemplos de coisas verdadeiramente... coiso...

- Passar 5 minutos a ver a programação das televisões nacionais generalistas aos dias da semana durante a manhã...
- Pisar uma poia do tamanho de um pneu de tractor deixada pelo caniche da vizinha do décimo andar...
- Encontrar numa viagem de elevador a vizinha do andar de cima, o décimo, que na noite anterior não nos deixou dormir tal era a gritaria que fazia no decorrer do acto sexual...
- Encontrar numa viagem de elevador a vizinha do andar de baixo, o nono, que na noite anterior bateu com o cabo da vassoura no tecto por causa da gritaria, que se fazia ouvir do andar de cima, pensando ela que éramos nós e afinal era a vizinha do décimo andar...
- Passar na autoestrada a respeitar o limite de velocidade enquanto duas cegonhas pousadas num dos pilares de sinalização se dedicam a tórrido amor selvagem!
- Dizer à amiga que não vemos há meio ano: "Parabéns, é menino ou menina?", quando afinal é apenas comida a mais ou gases...
- Enfardar com o trombil na porta de vidro do café onde vamos tomar café todos os dias, mesmo na placa que não vimos e que diz: "volto já"...
- Estar num WC publico onde se foi fazer a número um, onde esteve alguém a fazer uma valente número dois e deixou uma "aragem" daquelas que infesta a roupa durante três meses mesmo depois de ser lavada a oitenta graus e quando um gajo está a lavar as mãos entra alguém que imediatamente fica a pensar que está ali o culpado daquele chernobyl!

Ficam só alguns... Aguardo por mais momentos embaraçosos!

Abraços e beijos a quem de direito, menos às vizinhas do nono e décimo andares...

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Horóscopo!

Quando era mais novo, achava alguma piada em ver o que me reservavam os astros mas um dia apercebi-me que aquilo às vezes é tão genérico, que até eu poderia fazer uma rubrica acerca do assunto, bastava usar frases como: "Cuide das suas finanças". "Um problema de saúde pode surgir, tenha cuidado". "Esta é uma boa semana para os que estão a gostar dela e menos boa para os outros".
Enfim... Lembro-me que na altura, só pensava em encontrar boas notícias, o que se revelou nem sempre ser verdade.
Mas vou começar por uma abordagem concreta. Há normalmente, nesses horóscopos, uma lista dos chamados números da sorte para determinado signo. Devo dizer-vos que, ou me entregaram o signo errado ou então alguém anda a brincar com isto, porque eu nunca acertei no totoloto com aqueles palpites.
Normalmente falam também do trabalho. Frases como "empenhe-se, vai ver o trabalho recompensado", ou então "surgirá em breve um novo emprego" ou "não se deixe influenciar por um colega de trabalho mal intencionado" eram espalhadas pelas previsões e eu só pensava na altura, olha que jeito que isto me vai dar quando eu estiver à procura de trabalho!
Outro dos assuntos, senão o mais abordado, era o amor. Lembro-me que um dia li na minha pseudo-previsão, a frase: "Este mês, vai encontrar o Amor". Naquele mês andei em pulgas e ser extra-simpático e a sorrir para tudo o que mexesse e tivesse saias... O que é que aconteceu? NADA!
Volto a dizer que se calhar atribuíram-me o signo errado e eu andava na altura a ver o programa de outros canais...
O que podia acontecer, é que o meu ascendente não estava localizado numa casa favorável para determinadas coisas ou o meu signo chinês podia estar a influenciar a vida e as coisas não serem exactamente aquilo que eu ansiava. Os signos do Zodíaco já são em si um pouco suscitadores de chacota: experimentem dizer alto e bom som que são virgens, ou carneiros sem que haja logo um risinho maldoso ou um revirar de olhos. Juntem a isto os signos chineses e podem dizer frases bem finas como "sou porco e virgem ao mesmo tempo" ou "sou um rato ou um carneiro?"
Para o meu signo, que para o caso não interessa diz-se hoje que: "Intensidade emocional, paixão e intuição estão hoje activadas. Devemos ter cuidado com a tendência a agir de forma radical e possessiva. Aprendizados emocionais. Negócios e intimidade são temas importantes do dia. Mudanças significativas", ao que eu digo: OI?
E eu faço a minha previsão astral: Amanhã ou chove ou não. Se chover leve guarda-chuva, pode molhar-se. Os seus números da sorte são iguais aos do euromilhões, mas tem que os registar até às 19h. Atenção no trabalho, podem-lhe dar o que fazer. No amor, coiso.
Pronto, deixo-vos com abraços e beijos, menos aos de signo chinês do coelho porque deixam muito pelo agarrado à roupa.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Alerta violeta!

Numa época de intempéries, temporais e tempestades, assistimos quase todos os dias ao lançamento de alertas por parte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
É impressão minha, ou faz mais ou menos o mesmo tempo que antigamente, hora chove, ora vem vento e outras vezes nem por isso e criou-se o hábito nos últimos tempos de tudo ser alertado por uma cor... Eu proponho que em vez da previsão do estado do tempo com desenhos de nuvens ou o sol, seja apresentado o distrito com uma cor.
Vamos supor que vai chover em Lisboa? Alerta azul-bebé.
Vamos supor que vai estar sol em Alcobaça? Alerta lilás.
E trovoada em Viana do Castelo? Alerta verde-água.
Não só acho que se deve alertar para o estado do tempo mas devia ser criado um instituto para lançar alertas para as próprias pessoas.
Por exemplo, está uma pessoa descansada no escritório, aproximava-se uma pessoa estúpida e rapidamente surgia um alerta no canto superior direito do campo de visão com o alerta amarelo. Se por exemplo se aproxima-se de uma pessoa que faz nudismo, pumba, alerta cor-de-rosa. Ao aproximar-se um daqueles vizinhos chatos que querem saber e transmitir todas as novidades dos outros vizinhos, alerta roxo! Assim uma pessoa mantinha-se em estado de prontidão consoante as pessoas que lá viessem.
Voltando ao estado do tempo, eu não tenho ideia nenhuma de antigamente haver tantos alertas.
Já me dizem que cada vez haverá fenómenos meteorológicos extremos, mas eu tenho ideia que antigamente também chovia, vinha vento, estava sol e essas coisas assim. Não?
Abraços e beijos a quem de direito.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Nudismo, coisas arejadas e afins!

Numa altura em que se fala tanto de actividades à beira mar, como o surf de vagalhões, empranchamento de esplanadas e outras coisas radicais, acho que é pertinente reflectir sobre o nudismo balnear.
Primeiro que tudo, deixo claro que não sou contra o nudismo nem nada que se pareça.
O meu problema é que há demasiadas variáveis a controlar e um gajo que quer ir para a praia relaxar, pode sair de lá com uma pilha de nervos ou com outras coisas... coisas como: muita areia nas virilhas!
Das dúvidas que me assolam, a primeira prende-se logo com a entrada. Um nudista deve entrar na praia já fardado ou será que pode ir vestido, escolher o local mais apropriado e depois equipar-se a preceito?
E o telemóvel? Onde raio é que fica o telemóvel? Nem sequer há cueca com bolso para o guardar... Depois aparece um cachalote ou um cargueiro que por acaso se esbardalham contra o areal e o chamado jornalismo amador fica jogado por terra e não há fotos exclusivas nem nada que se pareça. Enfim, um problema.
Independentemente de um homem poder ir sozinho ou acompanhado, vários cenários podem ocasionar um problema de "expressão". Imaginemos que vai acompanhado pela esposa, namorada ou amiga e esta respira de maneira mais atrevida? E se vai sozinho e lhe aparece qualquer coisa resplandecente? Ou então simplesmente adormece e acontece-lhe aquele fenómeno que todos os homens saudáveis já presenciaram quando a meio da noite acordam com qualquer coisa armado na zona pélvica? Já percebi que talvez seja melhor, para nudistas homens, levar uma pá para a praia e cavar uns quantos buracos à volta da toalha para o que der e vier.
Estão a ver, são demasiadas variáveis a ter em conta e eu só abordei a questão de forma superficial.
Há uns anos, decidi que era altura de voltar a uma praia onde ia na minha infância. A modernidade trouxe-me um dissabor. Quando antes era possível ir com o carro até perto do areal, agora era necessária uma caminhada de uns bons 10 minutos para lá chegar. Só isto devia ter sido aviso suficiente... mas o revivalismo é tramado. Depois de 10 minutos, lá cheguei eu, à paisagem que recordava da minha infância. Comecei a descer as dunas e rapidamente percebi que havia meia dúzia de pessoas espalhadas pelo areal. Como vejo mal ao longe, pensei: "Olha que engraçado, quase toda a gente usa fatos de banho da cor da pele. Que giro e tal." Qual não foi o meu espanto, quando uma das pessoas se virou para as dunas e percebi que estava qualquer coisa de errado na paisagem, havia ali arejamento a mais! Foi com surpresa que constatei que a praia onde brinquei tantas vezes em miúdo estava agora transformada numa estância balnear de nudismo. Todas as pessoas estavam em pelota! Rapidamente os pensamentos anteriores me atravessaram a mente. Como estava numa de descansar e não tinha levado nenhuma pá, pensei que o melhor seria fazer a meia-maratona em direcção ao carro e dirigir-me para uma praia atulhada de gente... Enfim...
Eu acho que não haveria problema em ter lá ficado sem fazer nudismo, mas acho que da mesma maneira que um adepto de futebol de uma determinada equipa não gostaria de ver o jogo no meio da claque adversária, também eu me senti a destoar a abandonei aquele barco.
Deixo-vos com esta reflexão e vou-me vestir que estar a escrever posts todo nu num dia de chuva, só com um barrete de campino é desconfortável.
Abraços e beijos quem de direito, menos à senhora que naquele dia fatídico se virou para trás na praia nudista e me mostrou que a gravidade terrestre é madrasta...

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Histórias da beira da estrada e afins!

Hoje quero falar-vos de duas espécies animalescas que nunca vi retratadas nos programas da BBC Vida Selvagem.
A primeira espécie são aqueles animais que se metem à estrada mesmo no último instante e como percebem que fizeram asneira grossa, chegam-se para a berma com uma roda a fazer offroad por cima de um eucaliptal e a outra e calcar o traço contínuo limitador da estrada. Depois seguem a baixa velocidade, como quem diz: “vá, eu não estou a estorvar, só vou aqui na minha vidinha e até estou a dar espaço para ser ultrapassado”. Depois nunca olham para os lados, só para a frente, como quem pensa: “Lá lá lá eu não estou aqui… tu não me estás a ver…”.
A outra espécie, são aqueles mamíferos que param na berma para urinar contra o para-choques da viatura. Vejamos uma coisa: quando a natureza chama com muita força, não há outro remédio que não atender ao chamamento. Já me aconteceu, tudo bem, mas eu nas raras vezes em que isso aconteceu, eu entro pela floresta dentro, percorro o equivalente a 3 meias-maratonas e depois, atrás da moita mais serrada que encontrar, é lá que faço o regamento da vegetação, depois um pouco de água resolve o problema da higiene das mãos (qualquer garrafa no carro resolve isso). Mas esses coisos fazem logo ali, parece que o mundo se apaga e repentinamente e o carro passa a ser um biombo… A esses senhores, eu digo: vós o que fazeis é esconder a pilinha, porque todo o universo percebe que estão a mictar contra o para-choques! Desconfio que alguma desta malta, tal não fosse o pudor de esconder a pilinha e certamente iriam urinar para o eixo da via…

Abraços e beijos a quem de direito e aos senhores que lavam as mãos depois de se aproximarem da berma da estrada!