sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Rébeilhão!

Ah!!!! Finalmente a diversão, a loucura, o sensacionalismo do reveillon, ou como eu tenho ouvido, o rébeilhão.
A noite da loucura, dos foguetes, do champanhe, das passas, das cuecas azuis, dos saltos da cadeira, das pernas partidas a saltar das cadeiras, dos tiros para o ar e das festas loucas pela noite dentro. Mais ou menos como o carnaval, mas sem os disfarces... pelo menos em alguns lados...
Há muitas coisas que eu nunca cheguei a perceber nesta festarola... Para que é que servem as 12 passas? Se eu nem gosto de passas, começo logo o ano mal, a tentar engolir 12 calhaus cheios de graínhas. É mais ou menos o mesmo que tentar comer um elefante de uma só vez e só para começar bem o ano. Para resolver esta situação eu fiz aquilo que se pode chamar de interpretação livre. Troquei 12 passas e um copo de champanhe por 12 copos de champanhe e uma sultana (o mesmo que uma passa, mas em tamanho S).
Depois na minha terra há um costume recentemente instaurado que são os tiros de festejo. Ora, como a malta não deve ter dinheiro para foguetes, arranjam-se uns tiros para o ar que fazem com que muitas vezes tenhamos chuva nos telhados que não é de água mas sim de chumbos... enfim, diversão à brava. Não encontrei nada para substituir isto, tirando gases, mas acho que é capaz de ser chato desatar a bufar ruidosamente para festejar um novo ano.
Subir para uma cadeira e saltar dela abaixo com o pé direito? Parece-me arriscado e nos anos que se têm passado, tenho visto pessoal quase a partir pernas e braços à conta deste processo arriscado...
Enfim, há várias coisas estranhas na passagem de ano, acabando sempre em grandes festas de xicabum e pastilha até às tantas, capazes de deixar qualquer aventureiro a ouvir batuques pelo menos durante 3 semanas...
Bom, para já deixo aqui algumas das dúvidas que me assaltam sobre a passagem de ano.
Abraços e beijos a quem de direito.


PS: Já alguém reparou que apesar do ano passar tudo continua na mesma? Para que raio é que se festeja a passagem do ano?

sábado, 23 de dezembro de 2006

Os embrulhos

Embrulhar prendas! Ah! Esse belo desporto de Inverno...

Acho mesmo que devia ser incluído como modalidade olímpica nos jogos de Inverno!

Eu até gosto de fazer embrulhos, papel para um lado, tesoura para o outro, fita cola em tudo o que é canto. Enfim, um mar de adereços e objectos necessários para proceder a esta árdua tarefa.

Só não gosto mais de fazer embrulhos porque quando acabo fico com a terrível sensação de que algo não correu muito bem... ok, algo correu um bocadito mal... pronto, algo correu mal... definitivamente, fico com a sensação que o embrulho parece uma peúga mal enjorcada e embrulhada jogada ao chão...

Sério... chego ao fim e todos os meus embrulhos parecem-se quase com rebuçados... amarfanhados nas pontas e muito esticados no meio... qual Dr. Bayard...

E depois do embrulho estar ajeitado ou pelo menos o suficientemente amarfanhado para que não se perceba o que vai dentro dele, surge a ainda mais árdua tarefa de escolher e fazer o laçarote... Ora, se o meu jeito para fazer embrulhos é comparável ao de um elefante para fazer balet, escolher laços não fica atrás... combinar cores, não exagerar no tamanho, escolher o sítio certo, colar, ajeitar... xissa... fico de rastos logo no primeiro embrulho... e depois chego ao fim e quando olho para a minha obra não deixo de pensar num ninho que um pássaro desajeitado fez à pressa só para desenrascar...

Enfim... Ao menos que me perdoem as pessoas que recebem as minhas prendas...

Abraços e beijos a quem de direito...





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sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Muito bem! Vai buscuar!

Foi com enorme emoção que pude ouvir ontem mais um dos debates mensais na Assembleia da Republica, entre o suposto governo do país e os supostos deputados que são os vossos representantes. Vossos, porque eu não me deixo representar por eles.

Mas a minha alegria não vem do debate em si, mas sim de um pequeno detalhe de que me apercebi na emissão através da TSF.

Sempre o o elemento que discursava terminava um parágrafo ou lançava uma ideia pseudo-importante, os colegas de bancada que estavam por perto diziam (e alguns gritavam): "Muito bem", "M'to bém". Ora isto, não mais do que um "Vai buscuar!" camuflado. Ninguém me tira da cabeça que os grunhos haviam de querer dizer "Todo lá dentro", "Toma lá que é grosso!", "Aguenta-te com esta!" ou mesmo "Já foste!", mas o local e a ocasião deixou-os reprimidos...

Enfim... de qualquer forma, além do caricato da situação, aquilo irrita. Aquilo dá a sensação de que os rapazes que gritam estes slogans de apoio estão lá contratados e pagos a peso de ouro apenas e só para isto. Bem, agora que penso nisso, isto explica muita coisa...

Bom, mas eu a esses senhores quero dizer: "Pó'carvalho".

Abraços, beijos e um grande "Bai buscuar" a quem de direito...




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quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Luzes e mais luzes e mais luzes!

Chegou o Natal! Finalmente! Já tinha saudades deste espírito que envolve o Natal e que por acaso agora não me estou a lembrar qual é, e tinha sobretudo saudades das luzes que enfeitam casas e outras coisas para nos lembrar, mais ou menos como quem nos grita ao ouvido, que o Natal está aí.
Fico maravilhado com a quantidade exponencial de luzes, adereços, pais natais, renas, lantejoulas que subitamente regressam à vida e cobrem tudo à volta das casas e dentro delas...
Árvores completamente derreadas com o peso de centenas de luzes que piscam de forma psicadélica, capazes de tirar o sono a pássaros e a todo o ser vivo que tentasse pernoitar ao abrigo dessa árvore...
Escadas e vielas que piscam milimetricamente como se de súbito tivessem sido invadidas pelo espírito de 30 mil discotecas dos anos 80. Chaminés possuídas com um pai natal decrépito e mirrado, cheio de luzes que lhe entram e saem pelo rabo, deixando-o de tal modo sodomizado que dá a impressão de que ele não está a tentar entrar pela chaminé, mas que ficou electrocutado por uma mangueira de luzes piscadeiras colocadas em forma de armadilha por um sádico qualquer...
Enfim, tudo coisas que derretem o imaginário das crianças e de alguns adultos. Ainda ontem vi uma cena deprimente. Um pai falava para outro: “Então já sabes quem se vai mascarar de pai natal este ano?” ao que o outro responde: “Ninguém, o meu filho deixou de acreditar no pai natal no ano passado.”. “Então porquê? Não me digas que puxou a barba e viu que era o teu pai disfarçado de pai natal!” disse o primeiro, ao que o outro respondeu: “Não, só que ele começou a achar estranho os 36 pais natais pendurados nas janelas do prédio em frente e em todas as chaminés das casas que via em caminho de casa para a escola, e então percebeu que era uma grande peta... crianças... são bastante precoces...”
E assim, por causa desta competição desenfreada de pais natais se acaba com os sonhos de natal de dezenas de crianças.
Mas por falar em competição. A mim parece-me até o natal se transformou numa corrida atrás da casa e jardim mais enfeitados do bairro. As pessoas enfeitam tudo, as janelas, as chaminés, as escadas, as caleiras (como eu fiz), as árvores de fruto, os animais, os postes, as paredes, enfim, tudo, tudo serve para pendurar luzes decorativas!
Ah! O Natal!
Abraços, beijos e OH OH OH a quem de direito!