terça-feira, 9 de outubro de 2007

Síndrome Floribela

Estou aqui que nem posso. Acabei de ver 5 minutos de televisão em que fui bombardeado por anúncios e marcas que sofrem do síndrome floribela. E o que é isso? Eu explico crianças.
Há pouca coisa para inventar no mercado dos produtos que podem ser publicitados na televisão, o que nos deixa com a incrível tarefa de filtrar toneladas de informação. A única maneira de evitarem repetir-se, é mudando ligeiramente o aspecto de um produto e dando-lhe o nome mais artilhado que for possível. Estamos a falar de produtos que desta forma acabam por sofrer do síndrome floribela, passando a tratar-se de super-hiper-multi-power-fusion-mega.
Vejam com atenção as promoções televisivas e vão ver que tenho razão. Alguns exemplos mais flagrantes são:
Uma marca de lâminas de barbear que começa em G, acaba em E e tem no meio, aleatoriamente as letras “illett”. Começaram com a versão simples igual ao nome da própria marca, depois avançaram para o sufixo “sensor” e mais tarde o “excel”, e já vão actualmente em “power”, “nitro”, “fusion”, “mach3”, etc. Enfim, digamos que pedir uma das lâminas mais artilhadas numa mercearia seria o equivalente a fazer um relato de uma prova de street racing – “Olhe se faz favor, queria uma gillette mach 3 power nitro fusion”.
Mas não pensem que foi apenas um devaneio de uma marca de lâminas de barbear. O mesmo se passa nos detergentes, artigos de higiene íntima e outras coisas mais, que vêem o seu nome embrulhado no síndrome floribela, que acaba por ser hiper-mega-power-total-super-nitro-espectacular!
Não?
Abraços e beijos a quem de direito.

PS: “Ena, um post depois de tanto tempo.” A quem pensou isto eu digo: “E? Também tive férias, e agora? Hã?”