segunda-feira, 19 de junho de 2006

Regressaram os Tamagotchi!

Fiquei admirado quando reparei que, aquela que foi uma das pragas mais electrónicas de sempre, os tamagotchi, regressaram.
Quem não se lembra daquelas maquinetas irritantes, em formato de porta-chaves, com 3 botões que pediam incessantemente para comer, dormir, cagar ou simplesmente para brincar?
Pois bem, os bichos regressaram, cheios de vitalidade, força e novas funcionalidades e prontos para conquistar o mundo.
Agora, além de comer, dormir, brincar e cagar, podem ficar doentes, ser medicamente tratados e interagir com outros irritantes e desamparados Tamagotchis.
Estamos perante uma clara evolução da espécie, mas penso que esta era a altura certa para fazer alguns ajustes e melhoramentos que tornariam o brinquedo ainda mais interessante. Como sou bastante simpático (tem dias) vou deixar aqui as sugestões para aquele que seria o Tamagotchi português mais evoluído de sempre.
Primeiro, em vez de uma luz a avisar que o bicho precisa de comida, eu punha as entranhas da maquineta a fazer uns barulhos estranhos. Mais ou menos como se tivesse engolido um rinoceronte. Se o utilizador não lhe desse comida, o bicho começava a berrar coisa do género: “Tenho fome...”, “Quero comer...”, “Ai...”, “Quero um hamburguer...”, “Quero uma feijoada”, etc. Se ainda assim o distraído tratador não lhe desse comida, ele ia emagrecendo e mudava a nacionalidade para Etíope algum tempo antes de morrer.
Se o bicho ficasse doente, o utilizador tinha que activar o STS (Sistema Tamagotchi de Saúde) e o Tamagotchi ia desaparecer às portas de um hospital decadente durante umas 5 horas, aparecendo depois, ainda doente mas com uma carrada de medicamentos para aviar e o conselho “Vá para casa e descanse que isso já passa”. Depois de morrer, o utilizador poderia autopsiar o seu Tamagotchi e saber ao certo que doença tinha.
Quando o bicho cibernético tivesse à rasquinha para arriar o calhau, começava por largar uma pequena e sussurante bufa mal-cheirosa (a máquina devia vir preparada para largar maus odores). Se o utilizador não pusesse o bicho a cagar, ele deveria, desta vez, largar uma estrondosa e ainda mais mal-cheirosa farpa, que havia de pôr o aparelho a vibrar e deixar o utilizador embaraçado. Se isto não resultasse, por fim o tamagotchi deveria largar umas bojardas valentes, borrar-se todo e borrar o aparelho.
Ora, dando uso às novas funcionalidades, eu acho que o Tamagotchi português deveria vir equipado com um kit de piropos. Ora, o bicho estaria sossegado no seu mundo, e quando uma Tamagotcha se aproximasse ele imediatamente desatava a assobiar, a gritar “Mudava-te a pilha”, “Dava-te de comer, oh boua!”, “Deixa-me carregar-te nos botões, sua máquina...”, enfim, coisas assim. E quando a coisa resultasse, a Tamagotcha saltava para a máquina dele, e pronto, era ver os bolsos do dono ou dona do Tamagotchi a saltar e gritos robóticos de prazer... seja lá o que isso for...
Fica o meu contributo para os construtores destas geringonças, aproveitem! Estou ansioso por ter uma coisa destas...
Abraços e beijos a quem de direito...

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Eram dois quilos de cerejas e aquela matrafona que ali está ao lado sff...

Isto de andar a viajar de trabalho em trabalho, permite-me ver coisas que eu realmente nunca imaginei. Depois do “homem_que_pensava_estar_de_fato_mas_estava_de_boxers_e_meias”, tive oportunidade de constatar um facto bastante constrangedor.
Nesta altura do ano, rica em cerejas e vendedores das mesmas, costumo encontrar a estrada nacional 1 pejada de pequenas barraquinhas, protegidas pelos seus guarda-sóis apelativos e os seus placards anunciando a suposta proveniência das cerejas e a espectacular promoção.
Ora, a aparição destes pontos de negócio veio esbarrar com alguns pontos de negócio existentes na maioria desses locais, os chamados postos de câmbio avançado, aqueles sítios onde estão expostas as senhoras que vendem algum prazer ou algo que se pareça a quem queira parar e esteja preparado para um negócio de beira de estrada.
Bom, com esta proximidade de negócios, que não serão de modo nenhum concorrentes, digamos que até complementares, acontece que uma pessoa pode ir ao engano a uma dessas barraquinhas e acabar por negociar algo mais do que há para venda. Parece que já estou a ver um homem a parar o carro, depois dos filhos de 3 e 5 anos terem pedido insistentemente cerejas, a dirigir-se ao estaminé de venda e a dizer: “Olhe, quero dois quilos de cerejas para levar para os meus filhos e aquela matrafona de mini-saia com as mamas ao léu e as banhas de fora que está ali encostada ao êclipe para eu me entreter enquanto os putos comem as cerejas e cospem os caroços para os bancos do carro, se faz favor. E só por curiosidade, quanto é que é o tombo? Hã? Também é a 5€ como as cerejas?”
Enfim...
Outra coisa que me tem espantado, é o estabelecimento que estas ditas “trabalhadoras do prazer” hoje em dia têm onde esperam clientes. Antes vinham apenas armadas de uma latinha de tinta para se poderem sentar de perna escanchada enquanto liam a maria e esperavam pelo próximo cliente que se abeire delas. Elas agora trazem cadeirinha, guarda-sol, mochilas e algumas até o próprio carro, que usam logo a seguir ao trabalhinho, como eu já tive oportunidade de ver, sem roupa na parte de baixo, com uma perna dentro e outra fora do carro, usando toalhetes para fazer a sua higiene e estarem frescas e fofas para o próximo pato. ARGH! É só o que consigo realmente articular a essas prestigiadas trabalhadoras... ARGH! Muito Argh...
Abraços e beijos a quem de direito...

PS: Não sei se alguma vez tiveram a oportunidade de ver alguém conhecido a parar perto de uma dessas senhoras e negociar, mas eu já e agora questiono-me: Como é que eu vou reagir da próxima vez que encontrar o senhor? Hã?

Antes de sairem à rua, olhem-se ao espelho...

Todos sabemos que andar nas ruas portuguesas hoje em dia pode ser muito perigoso. Não só por causa de carros, motas ou bicicletas desembestados, capazes de nos cilindrar num piscar de olhos, mas principalmente por causa de alguns transeuntes que insistem em não se olhar ao espelho antes de sair pela porta de casa.
Digo-vos isto, porque recentemente dei de caras com um senhor que certamente se viu atrapalhado e deve ter saído a correr de casa pela janela, talvez a fugir de alguma coisa, ou simplesmente saiu de casa para marcar um estilo.
O dito indivíduo estava na rua a falar com outro senhor, com uma indumentária bastante curiosa. O homem trajava apenas e só boxers brancos com riscas negras, chinelos de quarto e meias até aos joelhos. Só isto... Se calhar apanhou-se desprevenido e teve que vir à rua de qualquer maneira... Mas intrigou-me o facto de que ele comportava-se naturalmente como se estivesse de fato e gravata...
Enfim... Depois da Lili Caneças só me faltava ver isto...
Abraços e beijos a quem de direito, especialmente a quem tem espelhos perto das portas...