quarta-feira, 23 de novembro de 2005

OTA(rios)?

O governo resolveu finalmente construir uma coisa grande em Portugal. Não, não estou a falar de nenhuma auto-estrada, e muito menos de um grande cofre para guardar dinheiro, estou a falar de um aeroporto à escala mundial, mais ou menos com a esperança de que metade da população terrestre resolvesse marcar férias na mesma quinzena e fossem todos parar a Lisboa. Vai daí e resolvem construir um aeroporto digno de uma capital europeia…
Alguém sabe o contacto dos senhores que mandam nisto? Era para avisa-los que Lisboa é capital europeia, unicamente por dois motivos. O primeiro é que incompreensivelmente é capital deste país. E o segundo é que é capital europeia porque inexplicavelmente calhou de estar no continente europeu. De resto, não há qualquer semelhança entre esta e as outras capitais.
A grande diferença, é que nos outros países realmente há um governo. Pode ser mau, mas é um governo que resolve problemas no país. Mas um outro ponto de desencontro neste projecto, é aquela coisa, aquilo… hammm… não me lembro bem, mas acho que lhe chamam… dinheiro… sim, é isso, dinheiro, pelos vistos é preciso dinheiro para construir esse aeroporto, e segundo eu sei e os meus próprios bolsos dizem, não há dinheiro em Portugal, somos um país pobre. No entanto, querendo seguir aquela dinâmica do Guinness que nos tem atormentado nos últimos anos, decidiram fazer aqui um dos maiores, senão o maior aeroporto da Europa… Mais ou menos à semelhança do maior salame do mundo, ou da maior broa do mundo… coisas assim, grandes… parvas…
Sinceramente, esses senhores que mandam, pensam em reformas importantes e alterações que realmente interessam, e depois para estragar a festa toda, resolvem cagar uma grande poia a que chamam Aeroporto Internacional de Lisboa… Otários… Havia de vir uma vaca do espaço e comer-lhes o cérebro… se bem que, coitada da vaca, ia ficar com fome, tal é o tamanho diminuto desses órgãos pouco utilizados por terras lusas…
Começo a achar que esse tal Dom Afonso Henriques criou uma nação de tónhós! “Muitas voltas hás-de estar a dar no teu túmulo de pedra Afonso…”
Alguém sabe para quando está marcado começarem as obras do aeroporto multi-planetário de Telhadela?
Abraços e beijos a quem de direito…

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Dia mundial do não fumador – grito de revolta!

Meus senhores e minhas senhoras, estamos perante a maior hipocrisia de todos os tempos! O dia mundial do não fumador é não mais que uma pequena migalha que se dá aos às pombas só para as ver lutar entre si para a comer.
Mas porque raio é que se dedica um dia ao “não fumador” se de resto não interessa para absolutamente mais nada? É impressão minha ou ser “não fumador” é o mesmo que ser uma poia de merda ressequida, à qual se reservou alternativamente uma esquina escura e sombria deste quarto de banho que é a vida?
Só por si, o conceito está errado. Se se pretende preservar a pessoa que não fuma, porque é que nos locais públicos se cria um cantinho mesquinho e mal arrumado com sinais disformes a indicar que estamos presentes num local onde o fumo não tem lugar, mas que a menos de meio metro se posicionam nada mais nada menos que centenas de fumadores a calcetar os seus pulmões… cria-se portanto um local de não fumadores porque as pessoas não estão a chupar umas passas, mas na realidade estão a aspirar o que os outros fumam. Patético…
Anos e anos de campanha antitabagista servem para quê? Cada vez vejo mais pessoas a fumar! Não seria melhor criar campanhas pró-tabagistas? Assim podia ser que as pessoas se chateassem e deixassem de fumar. Se bem que eu acho que é impossível, afinal espetar um pau na boca, cheio de palha, insectos estraçalhados, alcatrão e químicos suficientes para fazer 345 tratamentos quimioterapeuticos, tem infinitamente mais piada que tentar ser… hamm… como se chama aquilo? Saudável?
Fumar para mim tem mais ou menos a mesma piada que atar um tijolo à ponta do pirilau usando um fio de dois metros, subir acima do telhado e lançar desembestado o tijolo! Isso sim, bem giro. E acreditem que eu sei, porque eu já experimentei fumar, só que acho que não percebi o objectivo daquilo… Se querem ter uma coisa em brasa na boca, eu arranjo-vos um maçarico que vos trata do assunto, ou então peçam a um senhor angolano para vos meter uma brasa na boca, e esperem o resultado a ver se gostam.
NÃO SUPORTO QUE FUMEM PERTO DE MIM, mas pronto… façam o que quiserem… tenho que vos respeitar, porque apesar de tudo, vocês fumadores são beneficiados em tudo, e se uma pessoa se queixa de estar a ser incomodada, ainda é insultada… é por isso que me vou continuar a calar a isso…
Espero ansiosamente que chegue o momento em que nos restaurantes ou em qualquer outro local haja um espaço amplo, arejado e bem arranjadinho de não fumadores e um cubículo minúsculo e disfuncional, com letras garrafais a dizer: “Fumadores, enfiem-se ali já e esperem pela vossa vez de serem analmente sodomizados por um boi!”
Acho piada aos meus amigos fumadores, quando tentam explicar porque é que fumam ou porque é que não conseguem deixar de fumar… mais patético ainda… “ai não sei quê e o stress e não sei quê, e é difícil e tal…”. Se calhar isto é uma novidade, mas eu também sofro de stress até ao ponto de ter problemas cardíacos e também tenho uma vida difícil e não fumo, e porquê? Porque sou mais forte que isso, e por isso não me escondo atrás de um pauzinho com a ponta a arder…. E não ando dependente de quantias de alcatrão suficientes para asfaltar um aeroporto inteiro… E sobretudo, não cheiro mal da boca!
Bom, agora que já soltei o meu grito de revolta, vou ali comprar uma caixa de charutos que a minha já se acabou e estou cá com um stress!
Abraços e beijos a quem de direito….
PS – Ah, continuem a dar rios de dinheiro ao estado português, eles agradecem!

terça-feira, 15 de novembro de 2005

Crescer menos que o esperado?

Crescer menos que o esperado?

Quando aprendi matemática, a multiplicação de zero por um qualquer número era sempre zero. Pronto, era uma verdade absoluta.
Agora só para chatear, os senhores do banco de Portugal (cujos salários também deviam ser reduzidos para no máximo dois salários mínimos), vieram dizer que a economia portuguesa vai crescer menos que o esperado. A esses senhores eu queria perguntar uma coisita: Portugal tem economia? Se tem onde é que ela está que eu nunca vi? Ora, se não temos economia, e se dizem que ela vai crescer, pouco mas vai crescer, alguém lhes deveria dizer que isso significa que continuaremos sem economia… Zero vezes um número dá zero…
Tansos…
Acho que a única coisa que acaba por crescer na realidade são os salários desses senhores e a sua já imensa estupidez…
De outro ponto de vista, imaginem que a economia é um miúdo de 6 anos. Está em desenvolvimento, e de repente, vem outro menino grande, com carapinha e diz-lhe: “Hey, puto! Tu não vais crescer nada, és um minorca…”. O que acham que agora o puto lhe devia fazer? Fica a pergunta…
Abraços e beijos a quem de direito…

Prémios IgNobel

Prémios IgNobel

Finalmente um momento cultural neste blog. Vou pois falar-vos, por sugestão da minha “dámá”, dos prémios IgNobel, uns prémios, ou algo perto disso que servem para distinguir aquelas que são as pesquisas ou investigações mais parvas e absurdas de todos os tempos! Isto sim, um tema indicado para um blog de coisas absurdas!
Começo por vos dar a conhecer o senhor Gregg Miller, um homem sem vida social e que deve ter uns óculos mais espessos que o fundo de uma garrafa de champanhe murganheira reserva tinto. Este homem nunca na vida deve ter visto o corpo nu de uma mulher ou mesmo qualquer outro corpo humano nu, daí que dedicou a sua existência a criar testículos artificiais para cães. Isto seria uma iniciativa de louvar, afinal os pobres canídeos também têm o direito a ter as suas bolinhas depois de as originais terem sido cortadas. A parte parva da história é que ele não se ficou pela invenção e criou estes órgãos em três tamanhos diferentes e com três graus de firmeza… posso mesmo afirmar que devem estar centenas de homens à porta do seu gabinete a perguntar se aquilo funciona em humanos… enfim…
O próximo premiado, deve ser amigo próximo do senhor Miller. Estou a falar do doutore Yoshiro Nakamats que tem nome de personagem de jogos de consola. Este senhor é suficientemente estúpido ao ponto de ter catalogado, fotografado e analisado todas as refeições que fez ao longo de 34 anos… e eu que nem me lembro o que é que almocei ontem…
Agora vou contar-vos esta que deve ser mesmo a melhor de todas. Dois cientistas de uma universidade do Minnesota tentaram descobrir se as pessoas nadavam mais rapidamente se estivessem numa piscina de xarope ou numa normal piscina de água. Eu não sei a que conclusões chegaram, mas para eles vai o prémio da química. Eu vou já enviar um e-mail a esses senhores a sugerir que descubram se uma pessoa nada mais depressa numa piscina normal ou numa piscina pejada de tubarões brancos esfomeados e vou sugerir que experimentem eles próprios…
Se dentro da classe dos Ignóbeis houver um prémio para o melhor estudo “blherg”, esse prémio terá que ser entregue ao cientista Meyer-Rochow que estudou e conseguiu calcular a pressão exercida no interior de um pinguim quando este tenta defecar…
Bom, ficaram aqui alguns dos premiados, homens que se denominam de cientistas, mas que eu tenho sérias dúvidas se serão apenas ratos de laboratório. Alguém lhes devia mostrar que o mundo não estava assim tão interessado e preparado para receber as suas investigações, e que possivelmente eles conseguiriam ver o corpo nu de uma mulher mediante o pagamento de uma quantia de dinheiro… Não era preciso meterem-se nisto…
Enfim… vidas…
Abraços e beijos a quem de direito…

sábado, 12 de novembro de 2005

As mudanças

Tenho andado a fazer umas modificações cá por "casa". Tenho a dizer que é muito complicado quando começamos a mexer nos "livros" amontoados ao longo dos anos. Muitas vezes estávamos convencidos de que esses livros nunca mais teriam de ser mudados. Mas é verdade. A hora chegou! É hora de mudar. Tenho que mudar esses livros.
Isto da mudança dos "livros" é munto complicado porque podemos estar sujeitos a mandar uns valentes espirros. Uns espirros de tal maneira que nos deixam com um olhar verde. Mexem connosco as mudanças. É verdade. É com esse olhar esverdeado que normalmente andamos a fazer mudanças com o nariz tão inchado de ranho que até mete impressão. Muitas vezes indispostos, sem vontade de falar com ninguém. Ás vezes até com um ar amalucado. Somos nós a fazer mudanças. Se calhar devíamos arranjar um papel qualquer para pôr na testa: "Pedimos desculpa, mas andamos a mexer nos "livros" do nosso "quarto", não incomode para não nos chatearmos! Eu gosto muito de ti. Desculpa estar assim agora! Vou procurar sair desta confusão!" (Tenho que arranjar esse papel)
O facto de as mudanças implicarem a cor esverdeada e o mau estar às vezes fazem-nos pensar: "Epá se calhar mais valia estar quedo!" ou mesmo "Tava melhor a dormir!". A tentação de não fazer as mudanças é uma constante. O problema é que sem as mudanças não arejamos o nosso "quarto". Se não tirarmos esses "livros" nunca conseguiremos andar à vontade pelo quarto e até pode acontecer que nos sintamos muito mal na nossa própria "casa".
Mexam sempre nos vossos livros! Questionem sempre as razões pelas quais estão nas coisas. É indispensável para que as coisas e nós próprios não caiamos no vazio do sem sentido. Esse questionamento fará com que não nos sintamos mortos na nossa própria "casa".

Um abreijo grande

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

Xanax, volta! Estás perdoado!

Quem é que manda nesta coisa das candidaturas à presidência da republica? Não devia haver uma autoridade qualquer, que quando o disco tivesse riscado fosse lá mandar uma palmadinha para avançar ou que quando houvesse insultos fosse capaz de dar uns belos açoites?
Eu acho que devia…
Eu que detesto a política que se pratica no nosso país, cada vez fico mais abismado com as coisas que por cá se vêem. Candidatos lutam e desferem golpes brutais ao orgulho uns dos outros, e tentam deitar o amigo, companheiro, camarada candidato a baixo, em vez de apresentarem programas e soluções. O exemplo mais flagrante é o daquele senhor de octogenário que a única coisa que ouvi sair da boca dele foram insultos para com os outros candidatos, e um estrondoso bate pé, porque quer que um outro candidato debata coisas com ele e lhe dirija insultos e outras coisas.
Mas o que é isto? Uma pessoa fala e quase a comem, cala-se e vem um senhor idoso e ameaça enterrar-lhe rectalmente a bengala até aos pulmões…
Enfim…
Eu ainda não vi um outro candidato que é advogado de um famoso pedófilo fazer campanha. Alguém já viu? Será que ele faz campanha nos julgamentos? Será que ele defende os réus à custa de apoio para a sua candidatura?
E aqueles outros senhores de esquerda, eu ouvi dizer que tinham apresentado candidatura e até agora nunca mais ouvi falar disso, onde andam eles? Porque é que o senhor octogenário também não lhes pede ajuda para debates e insultos?
Há outra coisa que me tem intrigado. A campanha política é chata, e deixa as pessoas agastadas não é? Ok, mas se é assim porque é que além da campanha, se faz uma pré-campanha? Porquê? E porque é que eu não noto diferença entre a campanha e a pré? Alguém sabe a diferença? Não sei porquê, mas algo me diz que não tarda a aparecer uma ante-pré-campanha, e depois uma sub-ante-pré-campanha, e por aí adiante, até chegar à altura em que haverá campanha todos os dias, a toda a hora, em todos os cantos do nosso país riquíssimo que tem muito dinheiro para gastar nestas coisas…
A toda a malta que alinha nessas merdas, eu tenho apenas uma coisa a dizer: Não brinquem com o meu dinheiro e com a minha paciência… Ide… roer xanax, bolachinhas e leitinho quente…
Abraços e beijos a quem de direito (não é de direita nem de esquerda, nem do centro, é de direito!)

PS: É preciso estar inscrito num centro de dia ou lar de idosos para poder ser candidato?

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Mantenha a calma…

As pessoas andam descontraidamente pela estrada, olhando em volta, tirando catotas do nariz, berrando aos outros condutores, insultando até os postes se for preciso, e quando chega a infeliz altura de ter um acidente e preencher uma declaração amigável, ainda tem que aguentar o sarcasmo de uma folhinha com letras muito pequeninas, em duplicado a dizer “Mantenha a calma”…
Isto é parvo. Tudo bem que a malta pode ficar exaltada por causa do acidente, mas não há ninguém no mundo que se acalme ao ler num papel, ainda por cima, um papel que é azulado.
Mas o problema começa já pelo nome do papel: “Declaração amigável”. Aquilo é amigável para quem? Alguém se espetou de carro e é suposto fazer o quê? Pagar um café e um bolo à outra pessoa? Isso sim seria uma coisa amigável. Eu não acho nada amigável um gajo todo stressado, vestido com um colete que permite que ele seja visto do espaço a mais de 300 mil quilómetros, e que faça com que absolutamente toda a gente que esteja nas imediações passe imediatamente a olhar para ele.
Enfim, ultrapassando a questão do nome, o arrepio surge quando a pessoa abre a declaração. Imediatamente 3298328479238472398 biliões de letras mais pequenas que ácaros, e espaços ínfimos em que nem uma letra inteira poderá ser escrita, saltam à vista e causam aquele que será o suspiro mais usado nestas alturas. Um simples, conciso e curto “fosgasse”… bem… trocando algumas letras, claro.
Nunca ninguém na história da humanidade, soube preencher declarações amigáveis a não ser as pessoas que trabalham em seguradoras e que têm mais ou menos 300 horas de formação para o fazer. Depois pedem às pessoas que acabam de ter acidentes o favor de, mesmo que a tremer como varas verdes, consigam preencher um papel com tantas perguntas como as dos questionários que costumam vir na revista Maria…
Bem… tive o meu primeiro (e espero que único) acidente esta semana e vi-me confrontado com este bicho demoníaco que são as seguradoras e as suas declarações amigáveis e digo-vos: Não tenham acidentes… mas acho que vocês já sabiam que o melhor é não ter mesmo acidentes… Enfim…
Abraços e beijos a quem de direito…

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

The lone duck! A história de um pato solitário na busca dos porquês da vida…

Para aqueles que estão a pensar que eu andei a ver algum programa especial da BBC sobre a migração de patos, eu informo que não é nada disso!
Hoje tenho para vos contar a história de um pato que anda foragido da sua capoeira, e anda a passear alegremente pelas ruas da minha freguesia. Ainda na passada sexta-feira ao passar numa terra (Busturenga) a 4 km da minha casa, dei de caras com um pato, com um aspecto imponente, com as cores preta e branca formando um padrão semelhante ao das vacas, em cima de um muro, no preciso momento em que olhava em volta na expectativa de uma oportunidade de se lançar à estrada. Na altura achei piada ao assunto e pensei “Bem, fizeram a fuga das galinhas e agora alguém há-de notar a fuga do pato” e fui à minha vidinha. Qual não é o meu espanto quando, dois dias depois, no domingo, voltei a ver o pato, desta vez já na minha terra, 4 km afastado do local onde o avistei da primeira vez, a marchar pela berma da estrada, qual caminhante e com o ainda presente aspecto destemido e imponente com que o vira no primeiro dia.
Já estou a ver que o pato deve ter ouvido falar daquela coisa da migração e não sei quê, e ficou confuso, mas mesmo assim resolveu tentar e lá vai ele a fazer uma migração a pé… ora… a pé… eh pah, eu na altura não tive oportunidade, mas se por acaso alguém vir o raio do pato, era só para lhe dizerem que ele tem asas e tal… sabem… asas, aquelas coisas que permitem que algumas coisas voem… está bem que o pato parecia-me aerodinamicamente e fisicamente mal preparado para voar, mas ainda assim, custava-lhe menos a voar do que fazer os até então 4 km a pé…
Acho que ainda o vamos ver no telejornal, qual Tom Hanks no Forestgump a percorrer as estradas deste mundo em busca de… qualquer coisa… “Run duck, runnnnnnnn!”
Enfim… mas o pato fez-me recordar de uma série da qual não me lembro do nome, mas que envolvia um cão da raça pastor alemão, esquecido pela família que mudara de casa, e que se lançava ao caminho em busca deles, participando em enumeras aventuras em que era o herói que salvava toda a gente. Um pouco como o Rex, mas sem as sirenes e os sons estranhos que esse bicho endiabrado faz. Parece que já estou a ver o pato a apanhar criminosos, e a salvar um rio de ser poluído por uma empresa qualquer sem escrúpulos… coisas assim!
Abraços e beijos a quem de direito e um grande “força nisso bicho!” ao pato viajante…

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Profissional ou amador?

A discussão está aberta e ao rubro. Um senhor reformado e com licença do lar de idosos para ser candidato a presidente da republica portuguesa e um senhor que meteu antes de ontem os papeis para a pré-reforma e que dá aulas de economia numa universidade, mantém actualmente uma acesa discussão sobre o seu estado político. Um afirma-se como não sendo um político profissional, o outro acusa-o de o ser por ele ter recebido uns salários de primeiro-ministro e coisa e tal, simultaneamente afirmando-se orgulhoso por ele mesmo ser um político profissional.
Eu acho que esta é a verdadeira essência do país em que vivemos. Numa altura de grande contestação social, em que a malta que até agora não fazia a ponta de um xusso e tinha tratamento especial, passa a não fazer a ponta de outro xusso e a receber um tratamento social igual aos restantes cidadãos, numa altura em que os preços aumentam e os salários diminuem, numa altura em que os professores se queixam porque afinal os puseram a trabalhar, coisa que antes não acontecia, numa altura em que na televisão portuguesa passa pela trigésima segunda vez o filme Casper, só nos últimos 3 meses, os portugueses vêem-se confrontados com senhores que se propõem a ser os presidentes do país a guerrear, quais meninas mimadas, sobre serem ou não políticos profissionais. E o pior, é que a comunicação social, depois da reposição do filme Casper dedica programas especiais só para tentar responder à pergunta: Quais os candidatos que são políticos profissionais?
A minha pergunta a esses senhores é: seus grandes recessos, o que é que isso me interessa? Vocês de qualquer maneira não vão para lá fazer nada! Pelo menos eu acho que não. Discutir isso parece-me o mesmo que perguntar a uma menina que vende prazer sexual se ela é profissional ou amadora... (Para os que se estão a interrogar sobre o assunto, a mim parece-me que a prostituição ainda não foi profissionalizada).
Já agora, alguém me sabe dizer ao certo o que faz um presidente da república que outra pessoa não faça? É que eu não faço ideia…
Eu votava que o senhor que ganhe esta eleição, os membros do governo e todos os políticos do país passem a ganhar apenas dois salários mínimos, aos quais serão retirados os devidos descontos para a SS e deviam também pagar deslocações do seu bolso, assim sim, viam como vivem os portugueses que eles tanto defendem… recessos!
Abraços e beijos a quem não se mete em politiquices…