quinta-feira, 15 de junho de 2006

Eram dois quilos de cerejas e aquela matrafona que ali está ao lado sff...

Isto de andar a viajar de trabalho em trabalho, permite-me ver coisas que eu realmente nunca imaginei. Depois do “homem_que_pensava_estar_de_fato_mas_estava_de_boxers_e_meias”, tive oportunidade de constatar um facto bastante constrangedor.
Nesta altura do ano, rica em cerejas e vendedores das mesmas, costumo encontrar a estrada nacional 1 pejada de pequenas barraquinhas, protegidas pelos seus guarda-sóis apelativos e os seus placards anunciando a suposta proveniência das cerejas e a espectacular promoção.
Ora, a aparição destes pontos de negócio veio esbarrar com alguns pontos de negócio existentes na maioria desses locais, os chamados postos de câmbio avançado, aqueles sítios onde estão expostas as senhoras que vendem algum prazer ou algo que se pareça a quem queira parar e esteja preparado para um negócio de beira de estrada.
Bom, com esta proximidade de negócios, que não serão de modo nenhum concorrentes, digamos que até complementares, acontece que uma pessoa pode ir ao engano a uma dessas barraquinhas e acabar por negociar algo mais do que há para venda. Parece que já estou a ver um homem a parar o carro, depois dos filhos de 3 e 5 anos terem pedido insistentemente cerejas, a dirigir-se ao estaminé de venda e a dizer: “Olhe, quero dois quilos de cerejas para levar para os meus filhos e aquela matrafona de mini-saia com as mamas ao léu e as banhas de fora que está ali encostada ao êclipe para eu me entreter enquanto os putos comem as cerejas e cospem os caroços para os bancos do carro, se faz favor. E só por curiosidade, quanto é que é o tombo? Hã? Também é a 5€ como as cerejas?”
Enfim...
Outra coisa que me tem espantado, é o estabelecimento que estas ditas “trabalhadoras do prazer” hoje em dia têm onde esperam clientes. Antes vinham apenas armadas de uma latinha de tinta para se poderem sentar de perna escanchada enquanto liam a maria e esperavam pelo próximo cliente que se abeire delas. Elas agora trazem cadeirinha, guarda-sol, mochilas e algumas até o próprio carro, que usam logo a seguir ao trabalhinho, como eu já tive oportunidade de ver, sem roupa na parte de baixo, com uma perna dentro e outra fora do carro, usando toalhetes para fazer a sua higiene e estarem frescas e fofas para o próximo pato. ARGH! É só o que consigo realmente articular a essas prestigiadas trabalhadoras... ARGH! Muito Argh...
Abraços e beijos a quem de direito...

PS: Não sei se alguma vez tiveram a oportunidade de ver alguém conhecido a parar perto de uma dessas senhoras e negociar, mas eu já e agora questiono-me: Como é que eu vou reagir da próxima vez que encontrar o senhor? Hã?

Sem comentários: