sexta-feira, 19 de maio de 2006

Tapa aí se faz favor!

Hoje vi-me recordado de uma realidade que estava afastada à uns tempos da minha memória.
Estou a falar dos tapa buracos. Os senhores que andam com umas pás e enchadas a tapar os buraquitos das estradas.
Ora, eu não sei quem um dia pensou que aquilo era uma boa ideia, mas de certeza que vos posso assegurar que não só estava errado, como teve possivelmente a ideia mais estúpida da sua época.
Digamos que, tapar os buracos com aquela poia de alcatrão gravilhado é mais ou menos como tapar o coto de uma perna decepada com um penso rápido. A ideia é boa, mas não funciona! É mais ou menos como se, na segunda guerra mundial, os enfermeiros em vez de morfina e ligaduras andassem com uns pensos rápidos, daqueles com desenhos a tapar furos de balas, cabeças abertas, corpos cortados a meio, e barrigas com tripas ao léu.
E porquê? Ora, eu não sei se já repararam quanto tempo é que esses remendos na estrada duram, mas pelo que estou a ver nos remendos que fizeram aqui na estrada em frente, que apesar de terem sido feitos logo cedo pela manhã, já estão novamente a aprofundar.
Mas o que me chateia realmente, é o efeito que aquilo tem nos carros. Passamos por cima ou nas imediações de um desses remendos e há gravilha “nhanhenta” a saltar por todo o lado e o efeito são toneladas de alcatrão agarradas à pintura do carro...
Em poucas palavras, posso dizer-vos que o carro cinzento que comprei é neste momento uma amalgama de chapa e alcatrão, que lhe dá o aspecto de uma tela de um pintor famoso, depois de ser atacado por 39438723 moscas com diarreia. Dá para entender?
Agora se me desculpam, vou tapar um buraco no estômago com umas bolachas, isto sim, um belo remendo.
Abraços e beijos a quem de direito...

Sem comentários: