segunda-feira, 9 de maio de 2005

Senhor Fonseca ao balcão de informação!

Já ouviram os comunicados nos centros comerciais e hipermercados, feitos por funcionários a avisar os clientes de qualquer coisa, ou simplesmente a chamar outros funcionários?
Hoje pude confirmar o que já suspeitava há algum tempo.
Sempre achei que todos os que falavam naquela espécie de intercomunicador tinham uma voz muito parecida, mesmo que fosse em locais diferentes. E hoje percebi o porquê disso.
Pois é meus amigos, aquele aparelho tem um mecanismo que altera a voz das pessoas de forma a que ela fique mais doce e melodiosa para não assustar os clientes. Percebo isso, quando hoje, num cash and carry onde fui, uma senhora que me estava a atender, e que tinha uma voz... hammm... chamemos-lhe estridente, precisou de chamar um colega empregado.
Quando a mulher se aproximou do intercomunicador e começou a falar, em vez de uma voz que mais fazia lembrar uma ninhada de gambozinos tresloucados a chilrear por comida, para uma voz bem suave e distinta.
Foi aí que percebi, que independentemente de quem esteja a fazer o aviso, mesmo que seja uma peixeira ou um mecânico de Sesimbra, a voz soa exactamente da mesma forma!
Agora aproveito para fazer um aviso aos homens que por acaso tenham ou queiram usar este dispositivo: Aquilo torna a voz de qualquer homem numa coisa gay, ok?
Ah, mas nem tudo é mau. Para quem queira aprender eufemismos, estes locais são ideais, porque se aprende a dizer as coisas de uma forma muito mais simples e sem causar choque nos clientes. Isto porque quando algum condutor desgovernado calha de espatifar o carro de um cliente que anda descontraído às compras, a empregada ou empregado não vai ao intercomunicador e diz com voz de caniço: “O senhor do chaço com a matrícula 69-69-GF tem o carro todo roto!”, mas pelo contrário, ouve-se aquela voz melodiosa e doce com a mensagem: “O proprietário do veículo de marca Kalham Beck com a matrícula 69-69-GF deve dirigir-se junto do mesmo!”
Agora vou num instante ali que avisaram-me pelo intercomunicador que andava um bando de pombas atrás de mim.
Abraços e beijos a quem de direito…

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