quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Fobias - Parte I

Depois de uns dias sem escrever, cá estou para recuperar os posts perdidos.
Estava eu a pensar sobre o que poderia escrever, quando de repente me deu um ataque de grafofobia e eu lembrei-me que era giro escrever sobre algumas que eu considero as fobias mais… hammm… mais… estranhas que alguém pode sofrer. Para os que se questionam, grafofobia não é medo de garfos, mas é o medo de escrever e era só para introduzir o tema. Eu não tenho medo de escrever, a menos que seja com uma caneta pejada de lâminas de barbear e embebida em álcool etílico. Isso sim, provoca medo e dor, muita dor… argh…
Na extensa lista que a medicina criou para nos guiar, eu apenas vou enumerar algumas começadas pela letra A, e acho que estas coisas são notoriamente fobias de pessoas com demasiado tempo livre nas mãos.
Então cá vai:
Ablutofobia – podia muito bem ser o medo por ablutos, mas ninguém sabe o que é um abluto. Eu ainda fui lá fora chamar “Abluto, anda cá bicho”, mas nenhum apareceu. A Ablutofobia é o mal sofrido pelos técnicos de acondicionamento de veículos, vulgarmente conhecidos por arrumadores, ou pelas pessoas que sendo amigas do ambiente decidem que a água é um bem demasiado essencial e têm medo de se lavar ou de tomar banho… Enfim… medo de se lavar ou tomar banho… se houver uma coisa contraria a isto, então eu tenho essa patologia… um dia sem banho não é um dia…
Agyrofobia – Eu sei quem foi que criou esta. Foram gatos e cães… É que o que eles fazem pior é atravessar estradas. Inclusive os gatos desenvolveram um mecanismo que os obriga a atravessar a rua quando vêem um carro… Bom, mas para vos esclarecer, a agyrofobia é o medo de estradas e de as atravessar…
Alliumfobia – Pode parecer um nome estranho, mas muita gente sofre disto. O mais conhecido é o Conde Drácula, embora seja do conhecimento global que muitos casais sofrem desta fobia, porque se o homem come um alho de que forma for, é certo e sabido que terá que manter a distância da sua parceira, e nem a desculpa de que é quinta-feira, dia de fazer meninos os vai aproximar, pelo menos até o hálito ir embora. A alliumfobia é o medo de alhos…
Allodoxafobia – O medo mais comum da população portuguesa. Esta cientificamente provado que a taxa de contaminação desta patologia no ambiente político é de 100%. Estou obviamente a falar do medo de opiniões… Já agora, gostava da vossa opinião acerca do seguinte: Os políticos são-no porque querem ou alguém os obriga?
Amnesiofobia – Eu assumo que tenho medo desta patologia, o medo da amnésia, só não me lembro porquê…
Androfobia – Medo de homens. Ora bem, se eu vir um bando de marmanjos com pedras e paus a correr para mim, para me bater, eu vou ter medo deles, muito medo. Ou então se vir um grupo abixanado a caminhar pela rua, sou bem capaz de atravessar a rua para o lado contrário. Disso há que ter medo, muito medo… Agora, medo de um homem só por si? Hein?
Anglofobia – Medo de Inglaterra ou da cultura inglesa. Alguém já ouviu falar de uma coisa mais estúpida que esta?
Arachibutyfobia – Tenho mais dificuldades em dizer a palavra do que em achá-la bem estúpida… Medo de ter manteiga de amendoim colada ao céu-da-boca. Não tenho dúvidas em afirmar que isto foi criado por americanos no momento em que estavam a tentar obrigar um elefante cor-de-rosa a saltar à corda… lembraram-se… às vezes os cães sofrem disso, ficam com a comida nos dentes e no céu da boca… coitados…
Aritmofobia – Eu bem sabia que os três anos que eu demorei a fazer Matemática 1 na faculdade tinham uma justificação. Aritmofobia, o medo dos números! Nhiá ah ah! Eles andam aí…
Atomosofobia – Medo de explosões atómicas… acontece de vez em quando as pessoas sentirem-se acagaçadas com uma coisa destrutora como é uma explosão atómica… Vá-se lá saber porquê…
Aulofobia – Não, não é o medo de aulas. Digamos que, se o Rão Kyao viesse desembestado a correr na minha direcção e eu sofresse dessa fobia, eu ia fugir dele como o diabo da cruz. Nunca mais me viam. Este é o medo de flautas. Eu até o compreendo, afinal de contas uma flauta arremessada com toda a força directamente às ventas d’um gajo é coisa para doer ou vazar uma vista.

1 comentário:

Rafael M. Silva disse...

Tantos medos e tal. Eu também tenho medo de algumas coisas estranhas. É excêntrico. Ter medos é bom. Há coisas muito estranhas. Mesmo estranhas.