terça-feira, 11 de outubro de 2005

Jesus também fala comigo...

Este tema tem já algum tempo no entanto achei que seria pertinente a sua abordagem. É engraçado como podem existir ideias tão parecidas. O texto não é meu, mas...

"A Alexandra Solnado passou-me à frente. Não só já editou o livro dela, “Este Jesus Cristo Que Vos Fala”, como o próprio filho de Deus já lhe está a ditar o segundo. Ora, isto é chato, uma vez que também eu tenho, quase a rebentar no prelo, um livro em que relato conversas que mantenho com o Messias. Vai-se chamar "Diário de um Gajo Morto Há Dois Mil Anos"
Fiquei lixado quando descobri que Jesus também ditava a outras pessoas. Mas perdoo-lhe. Acho que é daquelas pessoas que gostam muito de conversar. O que não perdoo é as alcunhas que Ele dá: a Alexandra Solnado é uma querida Cabrita, enquanto que eu sou o Zé Merdas.
Acho que o meu livro, no entanto, tem uma mais valia que falta ao da Alexandra. Se, no geral, abarcam os dois temas similares, com Jesus a dar respostas a questões complicadas como a Santíssima Trindade, o Juízo Final, para que serve o FMI, como funciona, etc, já a minha obra vale-se pela atenção que eu dou a promenorzinhos deliciosos.
No livro desvendo o gosto que Jesus Cristo tem pela Água das Pedras – “do melhor do mundo, Zé Merdas!” – e pela Mini da Sagres – “a da Super Bock não é uma mini, Zé Merdas, é uma média de gaja!” – assim como outras confidências. Por falar em confidências, estou à vontade para dizer que Jesus não contou o terceiro segredo de Fátima à Alexandra Solnado. O que se passou foi que, como ele próprio disse: “a gaja não parava de perguntar e eu inventei qualquer coisa. Claro que não ia contar a verdade, até porque, como sabes, nunca fui chibo, mas se não lhe dissesse nada, a gaja não se calava”.
A pedra de toque no meu livro são as conversas paralelas que íamos tendo. Pequenas aguarelas em forma de diálogo, que pontuavam os nossos dias e que dão uma imagem mais descontraída desse Homem que sempre nos habituámos a ver como um menino do Papá. Está lá tudo.
“JC – Ó Zé Merdas, e este cretino do Boloni, hein?
Eu – É fraquinho, é.
(chega empregado com as bebidas)
JC – Ouça lá, eu pedi uma Água das Pedras.
Empregado – Esta é Vidago. É igual.
JC – Não é igual, caraças! Se fosse igual, eu tinha pedido!
Empregado – Eu trago outra. Desculpa.
JC – Desculpa? Mas eu conheço-te de algum lado? Andei contigo na escola?
Eu – Tem calama....
JC – Tem calma é o caralho!
Eu – Não foste tu que disseste, “Quem nunca pecou, que atire a primeira Água das Pedras?” Eh, eh, eh...
JC – Cala a boca, Zé Merdas.”
Não vão encontrar episódios como este no livro da Alexandra Solnado. Por isso comprem o meu. Lanço-o assim que Jesus me disser o que quer que eu faça com o dinheiro. Parece que ia saber de uns cavalos em que vale a pena a gente apostar". ZDQ

1 comentário:

Saraï disse...

eu penso que com o dinheiro da venda devem ir malhar umas minis... e até podem convidar os amigos (os inimigos também... fica sempre bem: "fulano, apresento-te sicrano, meu inimigo de sangue. vem enfrascar connosco.").
Já agora: Porque que é que só a mim o JotaCristo não tens estas conversas de pé de orelha? Estava mesmo a precisar de uns dinheirinhos extra...