segunda-feira, 10 de janeiro de 2005

Conversas de restaurante, truques circenses e afins…

Conversas intrigantes acontecem nos restaurantes… Hoje tive hipótese de presenciar algumas dessas conversas…
Normalmente no restaurante onde almoço existe uma televisão ligada, mas hoje essa televisão estava desligada. Ora como eu almoço sozinho, não há muito mais que fazer do que ir apanhando as conversas no ar, e daí nasce este post inquietante…
A dada altura, enquanto uma moça comentava que as mulheres não querem saber se os homens são ou não carecas (segundo ela, isso não interessa para nada), comecei a ouvir a conversa em tom bem alto e confiante dos senhores que estavam na mesa ao lado. Aliás, não era bem conversa, era mais monólogo, porque um deles apenas ouvia e dizia: “Hã hã… hmmm hmmm…”. O outro ia explicando coisas muito interessantes sobre restaurantes que conhecia: “E tal e não sei o quê e um que é ali na Serra da Freita, aquilo é que é bom, come-se lá até não poder mais e tal e coisa e não sei o quê…” e neste momento, ele faz aquele que eu considero o melhor número de circo que já alguma vez vi, digno apenas dos melhores malabaristas… Ele estava a comer espetada e pega no pauzinho, ligeiramente queimado na ponta, que vinha a segurar a espetada (daí o nome da comida), e segurando na extremidade não afiada do objecto (relembro que aquilo tem uns 20 cm de comprimento) começa a palitar alegremente os dentes e mesmo a emitir aqueles ruídos de aspiração que eu não sei reproduzir por escrito… bem… que emoção! Aquilo é um novo conceito vencedor, palitar os dentes à distância.
Bem, e quando eu achava que aquilo ia preencher as memórias do meu dia, eis que vejo uma cena digna de um filme de Hollywood. Já fora do restaurante, e enquanto esperava no carro para começar a tarde de trabalho, noto uma discussão acesa entre um jovem casal… Ela tentava a todo o custo que o companheiro não se metesse no carro (Golf Tunning) e fosse embora, e ele agia como se ela não estivesse sequer por lá. Depois de entrar no carro, ela mete-se no banco de trás do mesmo, e depois eu não consegui ver mais o que se passava, mas vi que o carro começou a trabalhar e depois andou para trás até ao meio da estrada, depois parou possivelmente devido ao travão de mão enquanto a luta dentro do carro continuava, depois ainda parado no meio da estrada, o carro voltou a ser ligado e após alguns momentos em que eu estava certo que iria aparecer um outro carro e teríamos ali um grande acidente, o carro arrancou com os dois dentro, ele à frente a conduzir e ela, com as pernas no banco de trás e o resto do corpo no banco da frente.
E cá está mais um emocionante episódio das coisas que passam em frente aos meus olhos…
Beijos e abraços a quem de direito…

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