quinta-feira, 20 de janeiro de 2005

Poemas e poetas dos andaimes - Finalmente alguém fala livremente disto!

Quem nunca teve a oportunidade de presenciar estes verdadeiros actos de poesia e paixão, quando um homem (ou semelhante) grita de cima do andaime em que trabalha aquela frase brilhante capaz de derreter o gelo do coração de qualquer mulher e fazer despertar nela uma ardente chama de amor, ou simplesmente a vontade animalesca de matar?

Pois é, cá estou eu para escrever sobre aquelas frases de engate maravilhosas que são conhecidas como poemas de andaime e que os homens procuram a todo o custo aprender e as mulheres esperam um dia ouvir… Sim, esperam que eu sei! A princípio mostram-se chateadas quando ouvem, sei lá, a frase: “Oh boua, tratava-te da canalização qu’era um’stante!”, mas no fundo essa atitude serve apenas para mascarar a vontade que têm de casar de imediato com o homem que acaba de proferir essas palavras, isto ou então não gostam mesmo e querem empurra-lo do andaime a toda a força e vê-lo alegremente escarrapachado no chão… para isto ter piada eu voto na primeira opção.

Frases como “Oh boua, Queres ser a torrada para minha manteiga? Anda cá’cima q’u pai unta-te”, ou então “Oh boua, pareces uma obra de arte inacabada, anda aqui que eu uso o meu pincel para te completar”, e mesmo a tradicional “Oh boua, as tuas calças fazem-te parecer um extraterrestre. Põe-te o traseiro que é uma coisa do outro mundo!”, são verdadeiras obras de arte, que revelam que o trabalhador das obras que as proferiu é um verdadeiro artista, quem sabe até um génio da escrita que apenas procura inspiração no trabalho do cimento e nas moças que passam na rua ao alcance da sua certeira e incisiva frase de engate.

Para vocês homens que procurar aprender esta arte, e eu sei que são muitos, aqui o tio Ripper vai dar-vos umas dicas que andou a pesquisar…

Primeiro, comecem a frase que querem dizer por “Oh boua” dito com sotaque do porto. Isto chama-lhes mais a atenção, e soa-lhes muito bem. Só por si já seria o suficiente, mas como vocês querem tocar-lhes no coração, têm que dizer algo mais que apenas “Oh boua”, senão elas pensam que dizem isso a todas. Então, após a introdução, chegou a hora de personalizar…

Olhem bem para a moça alvo, ou para aqueles que têm a sorte de trabalhar nos andaimes das ruas movimentadas, escolham as moças alvo, quanto mais melhor! Depois vejam uma característica que lhes salte à vista e lancem um daqueles piropos capazes de fazer corar a estátua da liberdade.

Aqui vão alguns exemplos, usem-nos bem, e cuidado para não caírem dos andaimes… (Sugestão: Esta parte de cair dos andaimes pode acontecer por distracção ou então porque existe a remota hipótese de terem a mulher visada pelo piropo a empurrar-vos ferozmente, daí que talvez seja melhor lançar o piropo duas vezes, uma ainda escondido de forma a não ser visto, outra após terem a certeza que ela realmente está interessada, não vá o diabo tece-las…):

  • “Oh boua, magoaste-te muito quando caíste do céu?” – Começamos com uma coisa soft, capaz de as fazer sorrir.
  • “Oh boua, Sabes onde ficava bem essa tua roupa? Toda amarrotada no chão do meu quarto!”
  • “Oh boua, pareces uma flor, anda cá acima que eu faço-te um arranjinho” – Convém dar um certo ar de bom gosto e falar de flores, elas gostam.
  • “Oh boua, és como um helicóptero: gira e boa”
  • “Oh boua, pereces um diamante, anda cá ao ourives.”
  • “Oh boua, se fosses um hambúrguer do McDonald's eras a McLinda!”
  • “Oh boua, contigo era até ao osso!” – Começa a descer o nível…
  • “Oh boua, sobe-me à palmeira e lambe-me os cocos” – Esta eu simplesmente não comento… quem é que inventou esta?
  • “Oh boua, com um cu desses podes ir c**** lá a casa!” – Esta não deve ser usada por principiantes na arte… é capaz de ser perigosa, e exige destreza a fugir pelos andaimes…

Para aqueles que já são veteranos na arte, podem tentar aquele que é possivelmente o gesto que fará a diferença e que poderá muito bem ser o início da construção de um verdadeiro harém, já que elas ficam doidas. Estou a falar da puxada da solha e do aperto dos… hammm… dos… dos… dos coisos…

Não há melhor que a seguir ao poema, ouvir o som “RRRRRRROOOOOOAAAAAACCCCCCCCCC”, e depois, quando elas olharem para cima, fazer o chamado aconchego dos… hammm… dos… dos… daquilo lá em baixo…

Acho que nunca tinha escrito tanto disparate junto…

Estou a ficar demente…

Abraços e beijos a quem de direito… RRRRROOOOAAAACCCCCC phiuuuu!

1 comentário:

Anónimo disse...

o k ker dizer se fosses um hanburger eras uma mclinda e k um amigo meu me disse:morcona comia-te o sufixo(isto percebi)se fosses um hamburguer eras uma mclinda.
manda a resposta para inesgouveia@tugamail.com
nao percibi lol